Mineração tem mais recursos do BNDES
Rio - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimentos em mineração já retornaram aos níveis anteriores à crise. O banco projeta liberar até o fim do ano R$ 4,5 bilhões para o setor, quase 75% dos R$ 6,3 bilhões previstos para a área de indústria de base do BNDES, […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Rio - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimentos em mineração já retornaram aos níveis anteriores à crise. O banco projeta liberar até o fim do ano R$ 4,5 bilhões para o setor, quase 75% dos R$ 6,3 bilhões previstos para a área de indústria de base do BNDES, que inclui os segmentos siderúrgico, metalúrgico, de mineração e de cimento. EM 2009, o banco destinou R$ 6,1 bilhões ao setor.
Segundo o chefe do Departamento de Indústria de Base do BNDES, Paulo Sérgio Moreira da Fonseca, a mineração, um dos segmentos mais afetados pela crise mundial entre 2008 e 2009, surpreendeu com uma recuperação mais acelerada do que a esperada. Os investimentos em infraestrutura e a manutenção do crescimento econômico da China fizeram com que a demanda por minério de ferro para a produção de aço voltasse ao nível pré-crise.
O cenário contribuiu para que mineradoras mundiais fixassem fortes reajustes no minério. A Vale, por exemplo, estabeleceu aumento médio de 90% em seus contratos este ano. Apesar da chiadeira das siderúrgicas, Fonseca não tem dúvidas de que as mineradoras conseguirão facilmente dobrar a cotação da tonelada do minério este ano, alcançando US$ 150, e ainda terão espaço para impor um novo aumento no ano que vem.
Ao crescente apetite asiático, deverá se somar ao cenário pró-mineração a recuperação mais lenta da demanda na Europa e nos EUA, favorecendo ainda mais os investimentos no setor. "O poder de barganha está do lado das mineradoras, já que há um hiato de demanda na faixa de 50 milhões de toneladas", lembra Fonseca, para quem as mineradoras souberam usar a saída da crise em seu favor, depois de terem visto o preço da commodity despencar no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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