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Milhares protestam contra mudança em royalties do petróleo

O projeto de lei pode ser vetado até sexta-feira pela presidente Dilma

Exploração de petróleo: a manifestação questionou a distribuição de dezenas de bilhões de dólares que devem ser obtidos com a exploração do pré-sal (DIVULGAÇÃO PETROBRAS / GERALDO FALCÃO)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 18h51.

Rio de Janeiro - Milhares de pessoas se reuniram no Rio de Janeiro nesta segunda-feira para pedir à presidente Dilma Rousseff que vete o projeto de lei que autoridades locais afirmam que custaria ao Estado bilhões de dólares em perdas de receita de petróleo, inviabilizando os planos para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Para Dilma, o protesto levanta questões sobre o que pode ser a mais difícil decisão que ela já enfrentou em quase dois anos de governo: como distribuir dezenas de bilhões de dólares em receitas esperadas de gigantescas descobertas de petróleo do pré-sal do Brasil.

Um projeto de lei aprovado pelo Congresso neste mês eleva a distribuição de royalties para Estados e municípios não produtores, reduzindo o pagamento aos produtores.

O projeto de lei irritou o governador do Rio, Sérgio Cabral, e governantes de outros Estados do Sudeste, onde a maior parte do petróleo do país está concentrada.

Dilma tem até sexta-feira para vetar a lei.


O evento desta segunda-feira começou com uma marcha pelo centro velho do Rio de Janeiro e foi seguido por um série de discursos e espetáculos.

Recentemente, funcionários do Estado revestiram ruas e edifícios da cidade com cartazes anunciando o protesto em letras garrafais em preto e branco e um comando em vermelho para a presidente: "Veta, Dilma".

O Rio está gastando dezenas de milhares de dólares para construir estádios e outras infraestruturas para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, dois grandes eventos que devem atrair centenas de milhares de visitantes.

O governador do Rio de Janeiro, um importante aliado da presidente, está liderando o protesto. Ele levou o debate para um tom desafiador e até exagerado, mas de qualquer maneira intensifica a pressão política sobre a presidente.

"Essa lei vai causar um colapso financeiro no Estado do Rio de Janeiro", avisou Cabral no início deste mês. "Não haveria Olimpíada, Copa do Mundo, pagamentos para aposentados ou pensionistas".

A aprovação da lei pode prejudicar as relações da presidente com o PMDB, partido político de Cabral, um dos alicerces da ampla coalizão que apoia o Partido dos Trabalhadores, de Dilma.

No início desta segunda-feira, a polícia criou um cordão de isolamento em grandes faixas no centro do Rio. Autoridades estatais e municipais facilitaram o comparecimento ao evento, decretando ponto facultativo para os servidores, além de fornecer ônibus para moradores de cidades distantes da capital do Estado.

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Rio de Janeiro - Milhares de pessoas se reuniram no Rio de Janeiro nesta segunda-feira para pedir à presidente Dilma Rousseff que vete o projeto de lei que autoridades locais afirmam que custaria ao Estado bilhões de dólares em perdas de receita de petróleo, inviabilizando os planos para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Para Dilma, o protesto levanta questões sobre o que pode ser a mais difícil decisão que ela já enfrentou em quase dois anos de governo: como distribuir dezenas de bilhões de dólares em receitas esperadas de gigantescas descobertas de petróleo do pré-sal do Brasil.

Um projeto de lei aprovado pelo Congresso neste mês eleva a distribuição de royalties para Estados e municípios não produtores, reduzindo o pagamento aos produtores.

O projeto de lei irritou o governador do Rio, Sérgio Cabral, e governantes de outros Estados do Sudeste, onde a maior parte do petróleo do país está concentrada.

Dilma tem até sexta-feira para vetar a lei.


O evento desta segunda-feira começou com uma marcha pelo centro velho do Rio de Janeiro e foi seguido por um série de discursos e espetáculos.

Recentemente, funcionários do Estado revestiram ruas e edifícios da cidade com cartazes anunciando o protesto em letras garrafais em preto e branco e um comando em vermelho para a presidente: "Veta, Dilma".

O Rio está gastando dezenas de milhares de dólares para construir estádios e outras infraestruturas para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, dois grandes eventos que devem atrair centenas de milhares de visitantes.

O governador do Rio de Janeiro, um importante aliado da presidente, está liderando o protesto. Ele levou o debate para um tom desafiador e até exagerado, mas de qualquer maneira intensifica a pressão política sobre a presidente.

"Essa lei vai causar um colapso financeiro no Estado do Rio de Janeiro", avisou Cabral no início deste mês. "Não haveria Olimpíada, Copa do Mundo, pagamentos para aposentados ou pensionistas".

A aprovação da lei pode prejudicar as relações da presidente com o PMDB, partido político de Cabral, um dos alicerces da ampla coalizão que apoia o Partido dos Trabalhadores, de Dilma.

No início desta segunda-feira, a polícia criou um cordão de isolamento em grandes faixas no centro do Rio. Autoridades estatais e municipais facilitaram o comparecimento ao evento, decretando ponto facultativo para os servidores, além de fornecer ônibus para moradores de cidades distantes da capital do Estado.

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