México ataca ideia de candidato brasileiro à OMC
A corrida pela direção da OMC acaba de ser lançada e, até maio, um dos nove candidatos no processo, será eleito
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 13h42.
Genebra - O choque entre Brasil e México na disputa para liderar a Organização Mundial do Comércio (OMC) começa a ficar evidente.
Na segunda-feira o candidato mexicano ao posto, Hermínio Blanco, atacou a ideia de trazer para a agenda da OMC o debate sobre as flutuações no câmbio, um dos principais pontos defendidos nos últimos meses pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.
Na avaliação do mexicano, a introdução de qualquer regra daria espaço para o protecionismo, num ataque velado à política brasileira.
A corrida pela direção da OMC acaba de ser lançada e, até maio, um dos nove candidatos no processo, será eleito. O Brasil apresentou a candidatura do embaixador Roberto Azevedo, que é considerada com uma das mais fortes. Mas não tem o apoio de toda a América Latina.
Blanco foi até Pequim pedir voto e deixou claro aos mandarins da política comercial que, se eleito, não aceitará a proposta brasileira na agenda da entidade, numa clara ofensiva de usar o projeto brasileiro para minar a candidatura de Azevedo.
Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira em Genebra, Blanco confirmou que, se eleito, não será favorável a abrir a OMC para a questão do câmbio. Nos últimos meses, o Brasil tentou incluir uma proposta nas negociações da entidade para que um país fosse autorizado a criar barreiras contra a importação todas as vezes que sua moeda fosse afetada por uma forte valorização, como foi o caso do real em 2011.
Para Blanco, a OMC não é o lugar apropriado. "Entendo que existem temas que, nacionalmente, podem ser politicamente relevantes. Mas avaliar a relação entre comércio e câmbio será um tema que vai dividir os membros (da OMC)", alertou.
Genebra - O choque entre Brasil e México na disputa para liderar a Organização Mundial do Comércio (OMC) começa a ficar evidente.
Na segunda-feira o candidato mexicano ao posto, Hermínio Blanco, atacou a ideia de trazer para a agenda da OMC o debate sobre as flutuações no câmbio, um dos principais pontos defendidos nos últimos meses pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.
Na avaliação do mexicano, a introdução de qualquer regra daria espaço para o protecionismo, num ataque velado à política brasileira.
A corrida pela direção da OMC acaba de ser lançada e, até maio, um dos nove candidatos no processo, será eleito. O Brasil apresentou a candidatura do embaixador Roberto Azevedo, que é considerada com uma das mais fortes. Mas não tem o apoio de toda a América Latina.
Blanco foi até Pequim pedir voto e deixou claro aos mandarins da política comercial que, se eleito, não aceitará a proposta brasileira na agenda da entidade, numa clara ofensiva de usar o projeto brasileiro para minar a candidatura de Azevedo.
Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira em Genebra, Blanco confirmou que, se eleito, não será favorável a abrir a OMC para a questão do câmbio. Nos últimos meses, o Brasil tentou incluir uma proposta nas negociações da entidade para que um país fosse autorizado a criar barreiras contra a importação todas as vezes que sua moeda fosse afetada por uma forte valorização, como foi o caso do real em 2011.
Para Blanco, a OMC não é o lugar apropriado. "Entendo que existem temas que, nacionalmente, podem ser politicamente relevantes. Mas avaliar a relação entre comércio e câmbio será um tema que vai dividir os membros (da OMC)", alertou.