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Mesmo com corte de preço da Petrobras, combustíveis sobem na semana

A estatal reduziu em 3% o valor do diesel e da gasolina nas refinarias

Combustível: o corte de preços da Petrobras nas refinarias foi uma tentativa de não repassar a volatilidade dos preços globais do petróleo ao mercado doméstico (Sergio Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 20h53.

São Paulo — Os preços dos combustíveis fecharam a semana em alta nos postos brasileiros, mesmo depois de uma redução de 3% anunciada pela Petrobras para o diesel e a gasolina em suas refinarias, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.

O corte de preços da Petrobras, que entrou em vigor na terça-feira, veio após a companhia ter evitado em um primeiro momento repassar a volatilidade dos preços globais do petróleo ao mercado doméstico.

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A estatal não aplicou reajustes de imediato após ataque norte-americano que matou um importante general iraniano no Iraque em 3 de janeiro e gerou tensão geopolítica no mercado de petróleo. As cotações posteriormente devolveram ganhos e recuaram para níveis menores aos registrados antes dos eventos no Oriente Médio.

Nos postos, a gasolina fechou a semana em média a 4,586 reais por litro, com avanço de 0,6% na comparação semanal, após ter ficado estável na semana anterior.

O diesel, combustível mais utilizado no Brasil, registrou avanço semanal de 3,791 reais por litro, alta de 0,2% frente à semana anterior.

Já o etanol encerrou a semana em média a 3,241 reais por litro, elevação de 1,76% na comparação semanal.

O presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado preocupações com os valores dos combustíveis-- nesta semana, ele afirmou que apresentou proposta para alterações no ICMS cobrado sobre esses produtos, com o objetivo de baixar preços.

Bolsonaro disse a jornalistas que a proposta envolveria incidência do ICMS sobre preços nas refinarias, e não no consumo, mas especialistas disseram à Reuters que mudança nesse sentido enfrentaria forte oposição política, por reduzir a arrecadação de Estados, comprometendo principalmente aqueles que não possuem refinarias.

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos não são imediatos e ainda dependem de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

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