Economia

Merkel defende maior regulação dos mercados financeiros

Críticos acusam as especulações excessivas e irresponsáveis em bancos e empresas de investimento pela crise financeira de 2008 e 2009

A chanceler alemã Angela Merkel discursa em Berlim em 16 de outubro
 (Wolfgang Kumm/AFP)

A chanceler alemã Angela Merkel discursa em Berlim em 16 de outubro (Wolfgang Kumm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2012 às 15h41.

Berlin - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu neste sábado que haja uma maior regulação dos mercados financeiros, três dias antes de se reunir com dirigentes do Banco Mundial, do FMI e outras organizações econômicas globais em Berlin.

"Em minha opinião, não estamos ainda onde deveríamos. Planejamos regular todos os centros financeiros, todos os atores financeiros e todos os produtos financeiros", disse em uma gravação de vídeo. "Progressos significantes foram feitos. Mas as regras não foram ainda implementadas em todos os lugares", acrescentou.

Seus comentários seguem-se à aprovação pelo Parlamento Europeu de novas regras para garantir maior proteção aos investidores na indústria de serviços financeiros, as quais serão agora encaminhadas à Comissão Europeia e aos líderes da União Europeia.

Críticos acusam as especulações excessivas e irresponsáveis em bancos e empresas de investimento pela crise financeira de 2008 e 2009. Depois de um sucesso inicial, a adoção de regras mais rígidas começaram a ser criticadas pelas instituições financeiras, sob o argumento de que irão matar seus negócios e os serviços que oferecem, necessários para garantir o crescimento econômico.

Merkel afirmou que as instituições financeiras não bancárias precisam de progressos regulatórios e que espera por um acordo relacionado a tais medidas no próximo encontro do G-20. "Reformas estruturais, mesmo que sejam dolorosas, começam a ter um efeito em certoa países", disse, citando Irlanda, Espanha, Portugal e Grécia.

Merkel deve comentar sobre os progressos obtidos na União Europeia quando discutir a economia global com os líderes do Banco Mundial, do FMI, da Organização Mundial do Comércio e outras lideranças econômicas na terça-feira (30). As informações são da Dow Jones.

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