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Mercosul concederá preferências tarifárias ao Haiti

Iniciativa autoriza os membros do Mercosul a conceder margens de preferência tarifária de até 100% às importações de produtos do Haiti

Haiti: país mais pobre do continente americano sofreu terremoto em janeiro deste ano, o que fragilizou ainda mais sua situação econômica (Brendan Hoffman/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2010 às 14h31.

San Juan - O Mercosul outorgará até o final de 2019 preferências tarifárias ao Haiti, país mais pobre do continente americano, com uma economia ainda mais fragilizada depois do devastador terremoto de janeiro.

O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim explicou hoje que o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai aprovou a iniciativa, impulsionada pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"É uma grande mostra de solidariedade", destacou Amorim, no plenário do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, realizado hoje na cidade argentina de San Juan.

A possibilidade de outorgar benefícios comerciais ao país caribenho tinha sido proposta pelo Brasil em meados de 2009 e desde então o assunto estava na agenda do bloco sul-americano.

O projeto de resolução aprovado destaca "a importância que o Mercosul confere à estabilização do Haiti e a seu desenvolvimento, para o qual procurou contribuir de modo efetivo com ações de cooperação".

A iniciativa autoriza os membros do Mercosul a conceder margens de preferência tarifária de até 100% às importações de produtos do Haiti, embarcados diretamente nos portos do país, assim como na vizinha República Dominicana.

O membro do Mercosul que outorgar preferências deverá pedir ao Haiti para apresentar anualmente uma lista indicativa dos produtos para os quais deseja utilizá-las.

O regime comercial, que estará vigente até o final de 2019 e será revisado pelo CMC em 2015, incluirá dispositivos de "proteção, que preveem limitações quantitativas a fim de evitar a desorganização dos mercados", segundo o projeto de resolução.

O fluxo de comércio entre Haiti e o Mercosul é marginal do ponto de vista das operações globais do bloco, mas este tipo de preferências pode aliviar em parte a carga de um país com déficit comercial.

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