Mercado vê Selic estável a 7,25% até fim de 2013
Incerteza sobre a recuperação da economia brasileira levou o mercado a reduzir a projeção para a taxa básica de juros em 2013 pela terceira semana seguida
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 09h32.
São Paulo - A incerteza sobre a recuperação da economia brasileira levou o mercado a reduzir a projeção para a Selic em 2013 pela terceira semana seguida, estimando que a taxa básica de juros permanecerá estável nos atuais 7,25 por cento ao menos até o final de 2013, de acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira.
Os analistas consultados haviam dado início ao ajuste de suas expectativas sobre a política monetária do Banco Central no final de outubro, quando reduziram a projeção da Selic para o fim de 2013 de 8 para 7,75 por cento. No relatório anterior ao desta segunda-feira, a perspectiva já havia sido reduzida a 7,63 por cento.
Por sua vez o Top 5 --grupo das instituições que mais acertam suas análises no Focus-- mantém a projeção de que a taxa básica de juros terminará 2013 a 7,25 por cento já há cinco semanas seguidas.
Após reduzir a Selic a 7,25 por cento em outubro, o BC já havia deixado claro que o ciclo de cortes foi encerrado. Entretanto, deixou em aberto os próximos passos mais à frente, o que levantou dúvidas entre analistas sobre a condução da política monetária no próximo ano.
Crescimento
Mas o mercado passou a adotar a cautela no que se trata de análises sobre a recuperação da atividade no final deste ano. A indústria brasileira continua sendo o principal foco de atenções, dando sinais de que ainda patina. Em setembro, a produção do setor recuou 1 por cento ante o mês anterior, no pior resultado em 8 meses.
Assim, os analistas consultados no Focus reduziram pela sétima vez a perspectiva para o setor neste ano, e agora preveem uma contração de 2,32 por cento, ante queda de 2,31 por cento na semana anterior. Para 2013, a perspectiva de expansão foi reduzida pela primeira vez, a 4,10 por cento, contra 4,15 por cento anteriormente.
Diante disso, os analistas veem que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deve atingir apenas 1,54 por cento, inalterado sobre a semana anterior. Para 2013, a perspectiva também foi mantida, em 4 por cento.
Em relação à inflação, o mercado voltou a elevar sua perspectiva após reduzi-la na semana passada, estimando agora que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará este ano a 5,46 por cento, ante 5,44 por cento.
Para 2013, a pesquisa mostrou que o mercado manteve a expectativa de inflação de 5,40 por cento. Em ambos os casos, as projeções permanecem longe do centro da meta do governo, de 4,5 por cento.
Na semana passada, o IPCA mostrou aceleração da alta a 0,59 por cento em outubro devido aos preços dos alimentos. No entanto, a expectativa a partir de agora é de desaceleração, já que os preços no atacado têm arrefecido. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), por exemplo, recuou 0,19 por cento na primeira prévia de novembro.
A pesquisa desta segunda-feira mostrou também que o mercado manteve a previsão sobre o dólar este ano a 2,02 reais.
São Paulo - A incerteza sobre a recuperação da economia brasileira levou o mercado a reduzir a projeção para a Selic em 2013 pela terceira semana seguida, estimando que a taxa básica de juros permanecerá estável nos atuais 7,25 por cento ao menos até o final de 2013, de acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira.
Os analistas consultados haviam dado início ao ajuste de suas expectativas sobre a política monetária do Banco Central no final de outubro, quando reduziram a projeção da Selic para o fim de 2013 de 8 para 7,75 por cento. No relatório anterior ao desta segunda-feira, a perspectiva já havia sido reduzida a 7,63 por cento.
Por sua vez o Top 5 --grupo das instituições que mais acertam suas análises no Focus-- mantém a projeção de que a taxa básica de juros terminará 2013 a 7,25 por cento já há cinco semanas seguidas.
Após reduzir a Selic a 7,25 por cento em outubro, o BC já havia deixado claro que o ciclo de cortes foi encerrado. Entretanto, deixou em aberto os próximos passos mais à frente, o que levantou dúvidas entre analistas sobre a condução da política monetária no próximo ano.
Crescimento
Mas o mercado passou a adotar a cautela no que se trata de análises sobre a recuperação da atividade no final deste ano. A indústria brasileira continua sendo o principal foco de atenções, dando sinais de que ainda patina. Em setembro, a produção do setor recuou 1 por cento ante o mês anterior, no pior resultado em 8 meses.
Assim, os analistas consultados no Focus reduziram pela sétima vez a perspectiva para o setor neste ano, e agora preveem uma contração de 2,32 por cento, ante queda de 2,31 por cento na semana anterior. Para 2013, a perspectiva de expansão foi reduzida pela primeira vez, a 4,10 por cento, contra 4,15 por cento anteriormente.
Diante disso, os analistas veem que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deve atingir apenas 1,54 por cento, inalterado sobre a semana anterior. Para 2013, a perspectiva também foi mantida, em 4 por cento.
Em relação à inflação, o mercado voltou a elevar sua perspectiva após reduzi-la na semana passada, estimando agora que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará este ano a 5,46 por cento, ante 5,44 por cento.
Para 2013, a pesquisa mostrou que o mercado manteve a expectativa de inflação de 5,40 por cento. Em ambos os casos, as projeções permanecem longe do centro da meta do governo, de 4,5 por cento.
Na semana passada, o IPCA mostrou aceleração da alta a 0,59 por cento em outubro devido aos preços dos alimentos. No entanto, a expectativa a partir de agora é de desaceleração, já que os preços no atacado têm arrefecido. O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), por exemplo, recuou 0,19 por cento na primeira prévia de novembro.
A pesquisa desta segunda-feira mostrou também que o mercado manteve a previsão sobre o dólar este ano a 2,02 reais.