Economia

Mercado vê rombo primário estourar meta do governo em 2017

Os dados constam em relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira


	Déficit: para este ano, a previsão de déficit primário foi a 160,378 bilhões de reais
 (Thinkstock)

Déficit: para este ano, a previsão de déficit primário foi a 160,378 bilhões de reais (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 11h28.

São Paulo - O mercado passou a ver um rombo primário de 140,157 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) no próximo ano, pior que o estimado anteriormente, e estourando a meta estabelecida para as contas públicas no ano que vem, de déficit de 139 bilhões de reais.

Os dados constam em relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira. No levantamento anterior, a projeção era de déficit primário de 138,578 bilhões de reais para 2017, de acordo com a mediana das estimativas.

Para este ano, a previsão de déficit primário foi a 160,378 bilhões de reais, também pior que o rombo de 158,860 bilhões de reais calculado na edição anterior do Prisma.

A meta do governo em 2016 é de um saldo negativo em 170,5 bilhões de reais. O mercado enxerga que a dívida bruta irá encerrar este ano a 73,50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, mesma previsão vista antes.

Para o próximo ano, a expectativa passou a ser de uma dívida bruta a 78,40 por cento do PIB, contra 78,20 por cento antes. Diante do cenário de franca deterioração do indicador, o governo tem apontado a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior para garantir o reequilíbrio das contas públicas.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a proposta é prioridade do governo, e que a duração do teto deve ser suficientemente longa para não apenas estabilizar a dívida pública, mas fazê-la cair.

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