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Mercado vê PIB crescendo menos de 2% neste ano, segundo Focus

Pela primeira vez em quase cinco meses, mercado reduziu as estimativas para 2019

PIB: após a greve dos caminhoneiros, o mercado passou a apontar que o Brasil crescerá menos de 2 por cento neste ano (Mario Tama/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 11 de junho de 2018 às 09h33.

Última atualização em 11 de junho de 2018 às 15h12.

São Paulo - Após a greve dos caminhoneiros, que abalou o abastecimento e afetou diversos setores da economia, o mercado passou a apontar que o Brasil crescerá menos de 2 por cento neste ano e, pela primeira vez em quase cinco meses, reduziu as estimativas para 2019.

Pesquisa semanal Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano recuaram a 1,94 por cento, ante 2,18 por cento no levantamento anterior.

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Para 2019, as contas foram a 2,80 por cento, interrompendo 18 semanas seguidas em que as estimativas ficaram em 3 por cento.

O Focus também mostrou que o mercado espera menor expansão na produção industrial para 2018 e 2019, a 3,51 e 3,20 por cento, respectivamente. Até então, as contas estavam em 3,80 e 3,50 por cento.

A greve dos caminhoneiros durou 11 dias em maio e, além de afetar em cheio a economia, também levou o governo a anunciar medidas para reduzir os preços do diesel, com elevado custo fiscal que também tem potencial para arranhar a confiança dos agentes econômicos.

As contas para a inflação neste ano voltaram a ser elevadas pela quarta semana seguida. A alta do IPCA foi calculada agora em 3,82 por cento em 2018 e em 4,07 por cento em 2019, sobre 3,65 e 4,01 por cento, respectivamente, na semana anterior.

Para a taxa básica de juros, não houve mudanças nas expectativas de que a Selic terminará o ano a 6,5 por cento, indo a 8 por cento no final de 2019, mesmos cálculos do Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões.

Para o câmbio, também não houve mudanças. O mercado continuou vendo o dólar a 3,50 reais tanto no fim de 2018 quanto de 2019, após intensa volatilidade nos mercados na semana passada e forte atuação do BC.

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