Economia

Mercado de trabalho vive situação de pleno emprego, diz FGV

"O que mudou foi o termômetro. Agora temos um índice mais complexo, mais preciso", disse o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da FGV


	Carteira de trabalho: para economista da FGV, divulgação da PNAD Contínua pode abrir possibilidade para debate sobre reformas no mercado de trabalho
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carteira de trabalho: para economista da FGV, divulgação da PNAD Contínua pode abrir possibilidade para debate sobre reformas no mercado de trabalho (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 15h40.

Rio - O mercado de trabalho continua aquecido e o país ainda vive uma situação de pleno emprego, afirmou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Mesmo com uma taxa de desocupação de 7,4% no segundo trimestre de 2013, apontada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), ele afirma que o fato de a desocupação se posicionar dois pontos porcentuais acima do que se pensava não muda a fotografia do emprego no Brasil.

"O que mudou foi o termômetro. Agora temos um índice mais complexo, mais preciso", disse.

Barbosa Filho ainda destacou que foi a maior abrangência da PNAD Contínua (que coleta dados de 3,5 mil municípios de áreas urbana e rural) que mostrou que a taxa de desemprego é um pouco mais elevada do que nas seis regiões metropolitanas medidas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Mas isso não chegou a surpreender.

"As regiões metropolitanas têm um mercado de trabalho mais aquecido. Além disso, os setores de serviços e comércio, que mais empregam no Brasil, são mais importantes nessas regiões", justificou.

Para o economista da FGV, a divulgação da PNAD Contínua, com dados mais detalhados, pode abrir uma possibilidade para um debate sobre reformas no mercado de trabalho, de modo a reduzir o custo da mão de obra no País e tornar a dinâmica mais flexível.

"É mais fácil provocar esse debate quando há uma taxa de 7,4%, para poder reduzi-la, do que quando se tem uma taxa de 5,5%", disse.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosEmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasMercado de trabalhoPNAD

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor