Mercado de trabalho pode receber mais 1 bilhão de mulheres
Novas trabalhadoras podem entrar na economia mundial na próxima década, apontou um estudo da Booz & Company
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 17h18.
São Paulo – Quase 1 bilhão de mulheres estariam preparadas e poderiam entrar no mercado de trabalho mundial na próxima década, segundo apontou a consultoria Booz & Company. A pesquisa mostrou que essa força de trabalho extra tem potencial para cumprir um importante papel na economia mundial, com um efeito direto no produto interno bruto (PIB) dos países.
No caso do Brasil, a expectativa é que o PIB tenha um impacto líquido de 9%. Para os Estados Unidos, a projeção é de 5%. O país que pode ter o maior benefício na economia é o Egito, com um impacto líquido de 34% no PIB.
Além do reflexo econômico direto, a pesquisa concluiu que há ainda outros efeitos de longo prazo. “As mulheres têm uma tendência maior de investir uma proporção mais alta da renda em pontos como a educação infantil. Quando essas crianças crescerem, a melhora no status de sua educação vira um fator econômico e social positivo na sociedade”, apontou o relatório.
Apesar de todo potencial positivo, o assunto ainda não recebe atenção suficiente dos governos, dos líderes empresários e de outros participantes decisivos em muitos países, concluiu a pesquisa.
Cenário no Brasil
O estudo afirmou que o Brasil vem registrando uma performance econômica “excepcional”, com impacto direto na renda da população e levando mais pessoas para a classe média.
Segundo o estudo, as mulheres se beneficiaram com esse cenário, aumentando sua participação no mercado de trabalho para um percentual recorde. Além disso, a presença feminina em altos cargos também aumentou.
Ainda assim, as brasileiras ainda encontram dificuldades que impedem seu avanço econômico. O estudo elaborou rankings mundiais em alguns critérios, avaliando 128 países. Na categoria de igualdade salarial, por exemplo, o Brasil ficou em 65º lugar. Quando o assunto são políticas de inclusão da mulher no trabalho, o país ficou com a 55ª posição.