Mercado de luxo pode ter recorde negativo, diz consultoria
As vendas de itens como vestidos e sapatos de grife aumentarão apenas 1%, para US$ 280 bilhões em 2015
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2015 às 13h31.
O mercado global de bens pessoais de luxo está caminhando para o ano mais fraco desde 2009, pois a turbulência das bolsas, o dólar forte e a crise dos preços das commodities estão limitando a demanda.
As vendas de itens como vestidos e sapatos de grife aumentarão apenas 1%, para 253 bilhões de euros (US$ 280 bilhões) em 2015, segundo a Bain Co., que tinha projetado em maio um crescimento de 2% a 4%.
A estimativa, baseada em um cálculo que exclui as oscilações cambiais, seria o ganho mais fraco desde que as vendas caíram 11% no ano seguinte ao colapso da Lehman Brothers.
Marcas de luxo, como Louis Vuitton e Burberry, estão encontrando mais dificuldades na China, pois a desaceleração da economia está exacerbando o efeito da campanha do governo contra gastos ostensivos, o que prejudica a demanda por bolsas e casacos. Ao mesmo tempo, o crescimento dos EUA tem abrandado porque a volatilidade do mercado acionário e o dólar forte estão limitando as aquisições feitas por locais e turistas. As vendas de produtos de luxo cairão pelo segundo ano consecutivo na China e não crescerão nos EUA, disse a Bain.
“Está ficando mais difícil concorrer”, disse Claudia D’Arpizio, sócia da Bain e principal autora do estudo, em entrevista por telefone. No melhor dos casos, o mercado se expandirá 2%, pressupondo uma demanda forte na temporada do fim do ano, disse ela.
Euro
Pelo menos a desvalorização do euro está ajudando. As movimentações cambiais darão um impulso de 26 bilhões de euros ao valor das vendas de produtos de luxo neste ano, estima a Bain.
E os consumidores chineses continuam comprando onde moedas fracas lhes dão poder de influir sobre os preços//uma vantagem cambial em relação aos preços, especialmente na Europa e no Japão. A empresa de pesquisa projeta que os compradores chineses responderão por quase um terço dos gastos mundiais em produtos de luxo, frente a 28% em 2014.
Os russos, por sua vez, se fazem notar pela ausência. Eles reduziram as compras isentas de impostos na Europa em mais de um terço entre janeiro e agosto, disse a empresa de consultoria.
A Bain antecipa que as joias sejam a categoria de melhor rendimento em 2015, com uma alta de 6%, em contraste com a queda nas vendas de relógios causada pela fraqueza na Ásia. Itens como colares de diamantes são cada vez mais vistos como um investimento seguro em um ambiente econômico e financeiro incerto, segundo a empresa de consultoria.
D’Arpizio disse que projeta que o crescimento se fortalecerá a partir do segundo trimestre de 2016. O “novo padrão” para o mercado de produtos de luxo é um crescimento de 3% a 4%, disse ela. Essa estimativa exclui a leva de consumidores chineses de classe média que poderiam impulsionar o consumo.
O total de gastos em produtos de luxo será de mais de 1 trilhão de euros em 2015, encabeçado pela aceleração das vendas de carros de luxo, hotéis e obras de arte, disse a Bain no estudo, que é publicado duas vezes por ano pela empresa junto à Altagamma, uma fundação do setor italiano de luxo.
O mercado global de bens pessoais de luxo está caminhando para o ano mais fraco desde 2009, pois a turbulência das bolsas, o dólar forte e a crise dos preços das commodities estão limitando a demanda.
As vendas de itens como vestidos e sapatos de grife aumentarão apenas 1%, para 253 bilhões de euros (US$ 280 bilhões) em 2015, segundo a Bain Co., que tinha projetado em maio um crescimento de 2% a 4%.
A estimativa, baseada em um cálculo que exclui as oscilações cambiais, seria o ganho mais fraco desde que as vendas caíram 11% no ano seguinte ao colapso da Lehman Brothers.
Marcas de luxo, como Louis Vuitton e Burberry, estão encontrando mais dificuldades na China, pois a desaceleração da economia está exacerbando o efeito da campanha do governo contra gastos ostensivos, o que prejudica a demanda por bolsas e casacos. Ao mesmo tempo, o crescimento dos EUA tem abrandado porque a volatilidade do mercado acionário e o dólar forte estão limitando as aquisições feitas por locais e turistas. As vendas de produtos de luxo cairão pelo segundo ano consecutivo na China e não crescerão nos EUA, disse a Bain.
“Está ficando mais difícil concorrer”, disse Claudia D’Arpizio, sócia da Bain e principal autora do estudo, em entrevista por telefone. No melhor dos casos, o mercado se expandirá 2%, pressupondo uma demanda forte na temporada do fim do ano, disse ela.
Euro
Pelo menos a desvalorização do euro está ajudando. As movimentações cambiais darão um impulso de 26 bilhões de euros ao valor das vendas de produtos de luxo neste ano, estima a Bain.
E os consumidores chineses continuam comprando onde moedas fracas lhes dão poder de influir sobre os preços//uma vantagem cambial em relação aos preços, especialmente na Europa e no Japão. A empresa de pesquisa projeta que os compradores chineses responderão por quase um terço dos gastos mundiais em produtos de luxo, frente a 28% em 2014.
Os russos, por sua vez, se fazem notar pela ausência. Eles reduziram as compras isentas de impostos na Europa em mais de um terço entre janeiro e agosto, disse a empresa de consultoria.
A Bain antecipa que as joias sejam a categoria de melhor rendimento em 2015, com uma alta de 6%, em contraste com a queda nas vendas de relógios causada pela fraqueza na Ásia. Itens como colares de diamantes são cada vez mais vistos como um investimento seguro em um ambiente econômico e financeiro incerto, segundo a empresa de consultoria.
D’Arpizio disse que projeta que o crescimento se fortalecerá a partir do segundo trimestre de 2016. O “novo padrão” para o mercado de produtos de luxo é um crescimento de 3% a 4%, disse ela. Essa estimativa exclui a leva de consumidores chineses de classe média que poderiam impulsionar o consumo.
O total de gastos em produtos de luxo será de mais de 1 trilhão de euros em 2015, encabeçado pela aceleração das vendas de carros de luxo, hotéis e obras de arte, disse a Bain no estudo, que é publicado duas vezes por ano pela empresa junto à Altagamma, uma fundação do setor italiano de luxo.