Economia

Mercadante: Setor automotivo deve receber investimentos

Ministro disse que é o momento propício para atrair capital para a indústria automobilística brasileira

Mercadante disse que o governo quer " mudar a postura do Brasil em relação à inovação tecnológica" (Wilson Dias/ABr)

Mercadante disse que o governo quer " mudar a postura do Brasil em relação à inovação tecnológica" (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2011 às 08h44.

São Paulo - O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse hoje que o Brasil deverá ter, em breve, notícias de novos investimentos para o setor automotivo. "É um momento para atrair investimentos e inovar a indústria nacional. Minha avaliação é que teremos investimentos novos para a indústria automobilística no Brasil. As empresas querem participar do mercado interno brasileiro", destacou, após participar hoje de reunião do Diretório Estadual do PT, na Capital, onde proferiu palestra sobre o tema 'Ciência, Tecnologia e Inovação: Estratégia para o País'.

Sobre a crítica da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), de que é inconstitucional a alta imediata do IPI e que seriam necessários 90 dias para a medida entrar em vigor, Mercadante afirmou que "o princípio de noventena (90 dias) é para a criação de novos impostos e não para uma mudança de alíquota".

O ministro afirmou que o governo está aberto para buscar soluções para aqueles fabricantes que tiverem interesse de produzir no País, "com criação de empregos e desenvolvimento tecnológico". Mercadante disse que um dos objetivos do governo "é mudar a postura do Brasil em relação à inovação tecnológica". "Crédito, incentivo fiscal e mercado interno são as grandes ferramentas para isso", disse.

Na quinta-feira, o governo anunciou o aumento de 30 pontos porcentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis e caminhões para montadoras que não cumprirem determinados requisitos, como utilizar, no mínimo, 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul), investirem em pesquisa e desenvolvimento e preencherem pelo menos 6 dentre 11 requisitos de investimentos.

Para Mercadante, a indústria automotiva deverá reagir de forma parecida de como ocorreu com os tablets, com o governo promovendo incentivos fiscais para atrair a produção local. "A indústria terá que seguir as condições locais, porque o mercado brasileiro é um dos poucos disponíveis no mundo. É o quinto maior mercado automotivo e as vendas estão desabando lá fora. Isso está sendo feito para atrair investimentos e inovar a indústria", disse.

O ministro defendeu que outros produtos "sigam a mesma direção do que foi feito para os tablets e veículos", como televisores, celulares e notebooks. "Estamos com um esforço muito grande para trazer a indústria de semicondutores. Para atrair esse setor, temos de exigir que a produção de celulares, tablets, computadores tenha conteúdo nacional", destacou.

Acompanhe tudo sobre:Aloizio MercadanteAutoindústriaIndústriaIndústrias em geralMinistério de Ciência e TecnologiaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor