Economia

Mensalidade escolar em SP vai subir acima da inflação

Escolas devem levar em conta um aumento de 2,5% acima da inflação já oferecido aos funcionários e professores de toda a rede privada


	Sala de aula: escolas devem definir o reajuste para o próximo ano até 10 de dezembro próximo
 (Getty Images)

Sala de aula: escolas devem definir o reajuste para o próximo ano até 10 de dezembro próximo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 18h20.

Sorocaba - As mensalidades escolares em 2015 vão subir acima da inflação oficial para os alunos das escolas particulares do Estado de São Paulo.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro da Silva, as escolas devem definir o reajuste para o próximo ano até 10 de dezembro próximo.

Em algumas escolas, o índice pode ficar próximo de 10%. O sindicato representa escolas de ensino infantil, fundamental e médio.

As escolas devem levar em conta um aumento de 2,5% acima da inflação já oferecido aos funcionários e professores de toda a rede privada. "Para o dissídio coletivo, em março do ano que vem, temos convenção assinada no sentido de dar um reajuste com a média da inflação dos três principais índices, mais 2,5% aos nossos profissionais, sendo 2% de aumento real, mais 0,5% de participação nos lucros", explicou.

Segundo ele, o reajuste foi proposto levando em conta que há uma inflação represada no País e há previsão de reajustes em combustíveis e energia elétrica, por exemplo, que incidem sobre a planilha das escolas e também sobre o custo de vida.

"Nossa categoria foi a que menos recebeu aumento e está difícil arrumar professor. O professor está se tornando uma espécie em extinção e temos que melhorar o salário", afirmou.

Em reunião com dirigentes de escolas da região, nesta quinta-feira, 18, em Sorocaba, ele pediu rigor nos cálculos das anuidades de 2015 para evitar que ocorra perda na qualidade de ensino, que ele considera o maior diferencial do ensino privado.

De acordo com o dirigente escolar, apesar da crise econômica, a inadimplência nas escolas particulares está estável.

O índice médio este ano em todas as regiões do Estado ficou próximo de 7%. "Acima de 5% já é ruim, mas está no mesmo patamar de 2013. Esse quadro só vai piorar se tivermos realmente uma recessão."

Apesar da crise econômica, a escola particular mantém curva de crescimento, segundo ele. Nos últimos dez anos, a escola particular cresceu 120%, recebendo cerca de 1,1 milhão de novos alunos.

Parte desse contingente, segundo o presidente do Sieeesp, migrou da escola pública, que perdeu 800 mil alunos no mesmo período.

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