Economia

Memorando de austeridade da Grécia será revisado

Segundo um funcionário de alto escalão, os credores internacionais negociarão com as autoridades gregas um novo memorando até alcançar uma solução satisfatória

Bandeira da Grécia: a Troika prevê retornar a Atenas "uma vez que o novo governo seja formado" no país (Andreas Solaro/AFP)

Bandeira da Grécia: a Troika prevê retornar a Atenas "uma vez que o novo governo seja formado" no país (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 10h18.

Bruxelas - O memorando de austeridade estabelecido entre Atenas e seus credores será revisado no verão (hemisfério norte), e os que creem no contrário vivem de "ilusões", declarou nesta terça-feira um funcionário europeu.

Os dirigentes da "Troika (BCE, UE e FMI) negociarão com as autoridades gregas um novo memorando até alcançar uma solução satisfatória", disse o funcionário de alto escalão.

A Troika prevê retornar a Atenas "uma vez que o novo governo seja formado" na Grécia. Ali avaliarão o segundo programa de ajuda estabelecido com Atenas que, evidentemente, devido à crise política no país, "sofreu vários atrasos".

O novo governo na Grécia, que deverá ser formado provavelmente nesta terça-feira, "dirá como vê o programa, se quer adaptá-lo, a Troika fará uma avaliação e a Eurozona" terá a última palavra, ao dizer se aceita ou não as mudanças.

Isto ocorrerá "não nas próximas, mas durante o verão boreal", disse.

"O memorando é modificável, seria tonto pensar o contrário", insistiu. "As pessoas que dizem que este memorando não pode ser renegociado vivem de ilusões", acrescentou, ao explicar que a "situação econômica mudou".

Portanto, "se não o modificarmos, o memorando fracassará', advertiu.

Antonis Samaras, o líder do Nova Democracia (ND) e encarregado de formar um governo na Grécia, já disse que respeita os pactos com a União Europeia (UE), mas que buscará a "renegociação" dos termos das medidas de austeridade em troca das ajudas internacionais.

A vitória no domingo do partido conservador Nova Democracia abre caminho para formar com os socialistas do Pasok um governo favorável às reformas e a manter o país no euro.

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