Meirelles: de acordo com Meirelles, nos últimos anos subiram os empréstimos entre Tesouro e BNDES (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 15h47.
Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira, 7, durante evento do Banco Central, em Brasília, que o governo trabalha para "maior adequação no tamanho do BNDES".
"Houve uma medida importante, que foi o pré-pagamento de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro", citou.
De acordo com Meirelles, nos últimos anos subiram os empréstimos entre Tesouro e BNDES. Agora, este pré-pagamento representa cerca de 20% do total de empréstimos.
"Trabalhamos com o BNDES a respeito do melhor papel para o banco", disse Meirelles.
Ex-presidente do BC, Armínio Fraga afirmou que, mais importante que a "adivinhação" do tamanho ideal do BNDES, é definir critérios para que o banco faça empréstimos.
"É importante ter em mente que, a partir de critérios, a redução do tamanho do BNDES será um sinal de sucesso. De um País que caminha para taxas mais baixas para todo mundo", defendeu.
Também ex-presidente do BC, Gustavo Loyola afirmou que a questão do BNDES é mais "qualitativa que quantitativa". "O banco tem que encontrar seu lugar.
Estou otimista quanto ao estabelecimento destes critérios, destas linhas mestras, para potencializar o crescimento do crédito, do País e do mercado de capitais.
O BNDES não pode ser inibidor de crescimento do mercado de capitais", afirmou. "No final, o BNDES não vai reduzir de tamanho, vai crescer. Mas o mercado de capitais vai crescer mais", disse.
De acordo com Meirelles, com a normalização da economia, "é viável pensar também em convergência maior de taxas do BNDES com as do mercado".
"Isso pode, sim, caminhar. O BNDES pode, sim, achar, com o tempo, melhor o seu lugar", afirmou o ministro.