Economia

Meirelles: preocupação é administrar sucesso econômico

Por Jair Rattner Lisboa - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou em Lisboa (Portugal) que hoje a grande preocupação é sobre como lidar com o sucesso da economia brasileira. "Entramos na crise com US$ 205 bilhões e estamos agora com US$ 239 bilhões. Temos um crescimento anualizado de 7,8%, o crescimento do ano […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Por Jair Rattner

Lisboa - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou em Lisboa (Portugal) que hoje a grande preocupação é sobre como lidar com o sucesso da economia brasileira. "Entramos na crise com US$ 205 bilhões e estamos agora com US$ 239 bilhões. Temos um crescimento anualizado de 7,8%, o crescimento do ano será levemente positivo e o crescimento previsto para o próximo ano é de 5%, com tendência para cima. A grande preocupação é administrar o sucesso, justamente para evitar a formação de desequilíbrios na economia", afirmou Meirelles, ao receber o prêmio de Personalidade do Ano da Câmara de Comércio e Indústria luso-brasileira.

Meirelles disse também que os estímulos dados pelo governo brasileiro à economia durante a crise financeira já estão sendo retirados. Como exemplo, ele citou os empréstimos que o BC fez para os bancos no auge da turbulência. Segundo Meirelles, dos R$ 25 bilhões emprestados, restam apenas R$ 2 bilhões para serem devolvidos. Em Lisboa, ele repetiu hoje que a previsão para 2010 é de que a taxa de inflação oficial ficará abaixo do centro da meta (4,5%). Ele destacou, no entanto, que a autoridade monetária está monitorando a pressão do crescimento da atividade econômica sobre os preços.

Questionado sobre as medidas para conter a queda do dólar, o presidente do BC disse, sem dar maiores detalhes, que estão sendo feitos estudos, mas de longo prazo. O importante, destacou ele, é a não formação de bolhas do câmbio. Já em relação a novas medidas, como a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre capital estrangeiro, Meirelles disse que esse tipo de ação cabe ao governo, já que não é da sua área.

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