Economia

Meirelles assina termo de adesão do Brasil ao Clube de Paris

Até então, o Brasil era membro "ad hoc", que dava o direito ao País de participar das negociações

Acordo: Meirelles afirmou que o Brasil já tinha sido admitido no clube (Germano Lüders/EXAME.com)

Acordo: Meirelles afirmou que o Brasil já tinha sido admitido no clube (Germano Lüders/EXAME.com)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 14h43.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assinou há pouco a adesão formal do Brasil ao Clube de Paris, fórum criado na década de 1950 e que gerencia o valor devido a 21 das maiores economias globais.

A assinatura ocorre em cerimônia no Ministério da Fazenda, da qual participa o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili.

Antes de assinar, Meirelles, afirmou que o Brasil já tinha sido admitido no clube, mas não tinha entrado formalmente, o que ocorreu nesta sexta-feira, 30, com a assinatura da adesão. Até então, o Brasil era membro "ad hoc", que dava o direito ao País de participar das negociações.

Simbolismo

Meirelles afirmou que, para além das vantagens objetivas, a adesão do Brasil ao Clube de Paris é um ato simbólico que consolida a figura do País como credor internacional. Para Meirelles, a adesão é ainda uma sinalização de confiança para os credores internacionais.

"Além das vantagens objetivas, existe também um aspecto simbólico. Brasil foi durante um longo tempo um devedor internacional líquido e, portanto, participou do clube como devedor", afirmou Meirelles em discurso após a assinatura da adesão do Brasil ao Clube de Paris ao lado do embaixador da França no Brasil, Laurent Bili.

O ministro ressaltou a ação do Clube no equacionamento da situação de crédito de países em desenvolvimento e emergentes, na adoção de mecanismos de prevenção de crise e problemas de dívida externa de toda a comunidade internacional e na definição do tratamento homogêneo por parte dos credores.

Meirelles ressaltou ainda que a adesão do Brasil permitirá ao País participar da definição das regras e da formação de jurisprudência para o tratamento da dívida que definem o comportamento dos credores. "Isso é vital para qualquer país credor", afirmou o ministro no discurso.

O ministro afirmou ainda que a adesão ao Clube é uma sinalização para credores internacionais de que o Brasil está adotando políticas, propostas e reformas para consolidar sua posição como credor.

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