Economia

Meirelles: Agências têm 3 motivos para elevar rating do Brasil

O primeiro, de acordo com o ministro, é a aprovação da reforma da Previdência, que ele considera um "ponto crítico"

Meirelles: "O ponto crítico agora é a reforma da Previdência", ressaltou o ministro (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Meirelles: "O ponto crítico agora é a reforma da Previdência", ressaltou o ministro (Rodolfo Buhrer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 17h34.

Última atualização em 23 de janeiro de 2018 às 19h21.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em entrevista à rede de TV americana CNBC que, com a votação da reforma da Previdência agendada para o mês que vem, "dá mais tempo para deixar pontos mais claros" à população. O texto deve ir ao plenário da Câmara dos Deputados em 19 de fevereiro.

"O ponto crítico agora é a reforma da Previdência", ressaltou o ministro, ao comentar os números recentes da economia e o trabalho do governo para convencer os parlamentares a aprovar o texto. A entrevista ocorreu nos bastidores do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Ao avaliar a decisão de segunda-feira, 22, do Fundo Monetário Internacional (FMI) de elevar a projeção de crescimento do Brasil em 2018 de 1,5% para 1,9%, Meirelles comentou que a instituição é "mais conservadora e tem uma visão mais global". "Os números do FMI são revisados todos os dias, ou toda semana, ou todo mês", disse.

No final de dezembro, o Ministério da Fazenda estimou que a economia crescerá 1,1% em 2017 e 3% em 2018.

Rating

Meirelles afirmou na entrevista que agências de classificação de risco acreditam em três motivos para voltar a elevar o rating do Brasil.

O primeiro, de acordo com o ministro, é a aprovação da reforma da Previdência, que ele considera um "ponto crítico". O segundo é o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que, para o ministro, já "está dado". O terceiro é o "resultado das eleições" de outubro.

A agência de classificação de risco S&P Global rebaixou a nota do Brasil de BB para BB- no dia 11 de janeiro, alegando a falta de reformas fiscais e as incertezas em relação às eleições de outubro.

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