Economia

Média de preços de cesta das famílias sobe 33% em 12 meses

Em julho, a cesta de despesas básicas das famílias influenciou 18% no orçamento dos lares

PIB: O Itaú Unibanco elevou sua projeção para o PIB do Brasil em 2022 de 1,6% para 2% (Paulo Whitaker/Reuters)

PIB: O Itaú Unibanco elevou sua projeção para o PIB do Brasil em 2022 de 1,6% para 2% (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2021 às 13h41.

A média de preços da cesta de despesas básicas das famílias aumentou 33% no País nos últimos 12 meses, aponta levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizado com base no Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os itens que compõem a cesta são, dentre outros, arroz, feijão-carioca, carnes, frango (inteiro), leite (longa vida), óleo de soja, gás de botijão, energia elétrica residencial, gasolina, etanol, óleo diesel e gás veicular.

  • Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME

A essencialidade dos itens dificultam a tentativa dos consumidores de economizar. Em julho, a cesta de despesas básicas das famílias influenciou 18% no orçamento dos lares.

Para o consumidor, isso significa que a cada R$ 20 gastos com despesas básicas no mesmo período do ano passado, agora, terá de desembolsar quase R$ 27.

De acordo com o estudo, entre março de 2020 e julho de 2021, o avanço médio dos preços no Brasil, para esta cesta específica, foi de 30,3%.

Escalada de preços dispersa

A escalada dos preços está dispersa em vários grupos de consumo importantes no dia a dia dos brasileiros, como alimentação, transporte e habitação, além de ser generalizada. Nos Estados, a variação acumulada em 12 meses vai de 27,3%, em Belém, até 39,4% em Brasília.

No recorte por faixa de renda, a entidade mostra que a lista de despesas básicas representa 31,1% do valor dos gastos do orçamento para quem recebe até dois salários mínimos, chegando à casa dos 20% entre quem ganha de dois a dez salários mínimos. Já na classe mais alta, com 25 salários mínimos, o porcentual é de 11%.

Entre os Estados, o destaque é o Piauí, com 32% do total das despesas destinadas à aquisição de itens básicos.

Nas famílias de baixa renda, o porcentual chega a 43,3%, próximo aos 41,9% dos lares com até dois salários mínimos, no Amapá.

Quando a região dispõe de renda média elevada, como são os casos de Distrito Federal, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, a participação das despesas básicas fica no intervalo entre 14 3% e 19,5%.

 

Toda semana tem um novo episódio do podcast EXAME Política. Disponível abaixo ou nas plataformas de áudio SpotifyDeezerGoogle Podcasts e Apple Podcasts

 

Acompanhe tudo sobre:AlimentosInflaçãoIPCA

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor