Economia

Mato Grosso vai decretar calamidade financeira nesta quinta

Segundo o governador do estado, Mauro Mendes, seriam aproximadamente R$ 500 milhões para o Estado garantir sua "sobrevivência"

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (Geraldo Magela/Agência Senado)

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (Geraldo Magela/Agência Senado)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 07h41.

Brasília - O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, disse que pretende decretar nesta quinta, 17, estado de calamidade financeira. Ele esteve com o ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo a liberação de recursos do Fundo de Apoio às Exportações (Fex). Segundo o governador, seriam aproximadamente R$ 500 milhões para o Estado garantir sua "sobrevivência" nos próximos meses.

"A liberação do Fex neste momento seria um canudinho para que possamos não morrer afogados", disse Mendes. Segundo ele, Guedes ficou de estudar a possibilidade de fazer a liberação aos Estados, o que depende de espaço no Orçamento e no teto de gastos. O último repasse ocorreu no fim de 2017, no valor de R$ 1,9 bilhão.

Mato Grosso está com o pagamento dos salários de servidores de dezembro e do 13.º atrasado. Segundo o governador, metade das viaturas policiais saíram de circulação no último mês por falta de recursos para manter o serviço. "É o colapso do serviço público", disse.

Mendes reconheceu que o Estado precisará adotar medidas duras, mas disse que algumas delas já foram propostas à Assembleia Legislativa, como a elevação da alíquota previdenciária de servidores de 11% para 14%. O governo estadual também tem planos de tributar o agronegócio.

Segundo ele, as gestões anteriores promoveram um "aumento irresponsável de despesas do Executivo", que extrapolaram o crescimento da arrecadação. Agora, disse o governador, será preciso traçar um plano para reduzir despesas e ampliar as receitas do Estado.

Mendes disse que vai trabalhar pela aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, Mato Grosso deve ter um déficit de R$ 1,6 bilhão só na Previdência.

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