Economia

PT criou bolsa banqueiro e bolsa juros altos, diz Marina

Inserções veiculadas pelo PT dizem que, com proposta de autonomia ao BC, Marina quer dar aos bancos poder que é do presidente e do Congresso eleitos pelo povo

Marina Silva: candidata usou a Petrobras para atacar o governo federal (Leo Cabral/MSILVA Online)

Marina Silva: candidata usou a Petrobras para atacar o governo federal (Leo Cabral/MSILVA Online)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 17h49.

Betim, MG - Atacada em inserções da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) por causa da proposta de dar autonomia ao Banco Central (BC), a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, rebateu as acusações e afirmou que o governo petista criou a "bolsa empresário", a "bolsa banqueiro" e a "bolsa juros altos".

Nesta terça-feira, a campanha pela reeleição de Dilma começou a veicular inserções afirmando que, com a proposta de dar autonomia formal ao BC, Marina quer dar aos bancos "um poder que é do presidente e do Congresso eleitos pelo povo".

"Ela (Dilma) disse que ia ganhar para baixar os juros. Nunca os banqueiros ganharam tanto como em seu governo. Agora, eles que fizeram a bolsa empresário, a bolsa banqueiro, a bolsa juros altos, estão querendo nos acusar de forma injusta em seus programas eleitorais", declarou a candidata socialista.

Além de nomear aliados do governo apontados por suposto envolvimento em corrupção - como os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) -, Marina também usou a Petrobras para atacar o governo federal.

"Olha o que aconteceu com a Petrobras. Uma empresa importante, agora vale metade do que valia. Quatro vezes mais endividada e desmoralizada pelo roubo, pela falcatrua em 12 anos de governo do PT", disse.

"A presidente Dilma tem responsabilidade política. Não adianta querer se esquivar", completou Marina, em clara referência às declarações da presidente de que não tinha conhecimento da distribuição de propina pela empresa denunciada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que tenta o benefício da delação premiada junto à Justiça.

As críticas de Marina foram proferidas em discurso para algumas dezenas de aliados na tarde desta terça-feira, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.

Além de Dilma, ela também voltou a atacar o senador e presidenciável do PSDB, Aécio Neves (MG), e disse que a disputa que enfrenta "é quase como Davi contra um batalhão de Golias".

"Só tem uma explicação para estar onde estamos: chama-se sociedade brasileira, que resolveu ser autora dessa vitória", salientou.

A linha de ataques foi a mesma adotada em ato promovido no fim da manhã na capital mineira.

Após citar o PSDB e o PT, a socialista disse que todas as conquistas dos últimos governos podem ser perdidas "pelo atraso na política".

"Eles pegam um pedaço do Estado para fatiarem entre eles, em prejuízo de vocês, de cada homem e cada mulher no Brasil", acusou.

Sem citar Aécio, mas em ataque direto ao tucano, salientou que tem compromisso de "trabalhar para que os professores tenham piso salarial e não sejam enrolados, como é feito aqui em Minas Gerais".

A adoção do piso nacional do magistério é uma das reivindicações da categoria no Estado.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCelebridadesEleiçõesEleições 2014Governo DilmaMarina SilvaMercado financeiroPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025