Maré negra do tamanho de Paris se alastra pelo mar da China
Órgão do governo chinês responsável pelos mares afirmou que está supervisionando quatro vazamentos de petróleo
AFP
Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 09h50.
O naufrágio de um petroleiro iraniano no mar da China oriental gerou na superfície quatro camadas de óleo do tamanho da cidade de Paris - anunciou Pequim, que se prepara para enviar robôs para a zona do acidente .
Com 136.000 toneladas de petróleo iraniano a bordo, o navio-tanque "Sanchi" afundou uma semana depois de colidir com um navio-mercante chinês em 6 de janeiro. Foi quando começou a arder em chamas, 300 quilômetros ao leste da cidade chinesa de Xangai.
Foram encontrados apenas os corpos de três dos 32 tripulantes, sendo 30 iranianos e dois bengalis. Diante da baixa expectativa de encontrar sobreviventes, as buscas foram encerradas.
O órgão do governo chinês responsável pelos mares afirmou, ontem, que está supervisionando quatro vazamentos de petróleo. Até o momento, a área atingida mede quase 101 quilômetros quadrados, quase a superfície de Paris.
De acordo com uma nota, o organismo tenta "controlar o avanço da maré negra e avaliar seu impacto ecológico no meio ambiente marinho".
Na terça-feira (16), a Administração de Oceanos informou sobre uma extensa maré negra de 69 quilômetros quadrados, à qual se somaria uma contaminação "esporádica" espalhada por 40 quilômetros quadrados.
O "Sanchi" está a 115 metros de profundidade, anunciou ontem o Ministério chinês dos Transportes, acrescentando que "serão enviados robôs submarinos para explorar as águas do desastre".
Navios chineses tentam limpar os vazamentos. Na quarta, 13 embarcações foram enviadas para o local com este objetivo.
Além de sua carga, "Sanchi" levaria a bordo até mil toneladas de diesel pesado para o funcionamento de suas máquinas. Diferentemente do petróleo, os condensados não formam uma camada na superfície, mas uma nuvem tóxica que flutua.