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Superávit primário será de até R$ 99 bi em 2013, diz Mantega

A meta fixada é de R$ 110,9 bilhões

Seca: o ministro disse que este ano foi difícil por causa da seca no Nordeste, que provocou um custo extra em torno de R$ 15 bilhões este ano (Photo by Scott Olson/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 13h23.

Brasília - O superávit primário do setor público consolidado em 2013 será entre R$ 96 bilhões e R$ 99 bilhões, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega , nesta terça-feira, 26. "Certamente, não faremos primário cheio", disse. Isso porque Estados e Municípios não devem atingir o valor fixado para eles este ano e o governo federal não irá cobrir essa diferença.

"A conta de Estados e municípios será algo entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões. É o número que estamos trabalhando", disse na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A meta fixada é de R$ 110,9 bilhões, sendo R$ 73 bilhões para o Governo Central (Tesouro, Previdência e Banco Central) e perto de R$ 38 bilhões para Estados e municípios.

Governadores e prefeitos já pouparam R$ 18,5 bilhões até setembro e devem economizar "R$ 6 bilhões, R$ 7 bilhões ou R$ 8 bilhões" a mais até o final do ano, segundo Mantega.

"A meta que eu tenho repetido para vocês é a do Governo Central, que é de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), e mais aquilo que Estados e municípios puderem fazer. Se eles pudessem fazer o primário cheio poderíamos chegar a 2,3% do PIB. Vamos aguardar para ver o que eles podem fazer", afirmou o ministro.

Ele considera, no entanto, que o primário deste ano deve ser satisfatório e permitirá que a dívida líquida continue caindo.


O ministro disse que este ano foi difícil por causa da seca no Nordeste, que provocou um custo extra em torno de R$ 15 bilhões este ano. Segundo ele, o governo gastou quase R$ 5 bilhões em medidas para ajudar a população e os produtores do Nordeste. Além disso, os gastos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2013 será de R$ 10 bilhões.

Até o momento, o governo já transferiu R$ 6,4 bilhões para a CDE. "São R$ 15 bilhões de um gasto excepcional que espero não ter o ano que vem com um regime melhor de chuvas", disse o ministro.

Mantega lembrou que o governo tem revisado os gastos como, por exemplo, com seguro-desemprego e abono para controlar o aumento dessas despesas que subiram bastante nos últimos tempos. "Estamos buscando controlar todos os gastos da economia", disse.

Para 2014, o ministro disse esperar uma situação mais favorável e uma recuperação dos tributos. "A arrecadação já está voltando. Quando fizemos desonerações, elas reduziram a arrecadação. Essa é uma das razões que geraram arrecadação menor, mas que são fundamentais para recuperação da indústria, do setor produtivo e dos investimentos", argumentou.

"As desonerações foram da ordem de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões. Se eu colocasse isso no primário, faria um primário cheio. Mas, em compensação, não estaríamos dado os estímulos que o setor produtivo necessita para recuperar o seu crescimento", argumentou. Mantega disse que com a recuperação da economia e da arrecadação será mais viável fazer um superávit primário maior em 2014.

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Brasília - O superávit primário do setor público consolidado em 2013 será entre R$ 96 bilhões e R$ 99 bilhões, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega , nesta terça-feira, 26. "Certamente, não faremos primário cheio", disse. Isso porque Estados e Municípios não devem atingir o valor fixado para eles este ano e o governo federal não irá cobrir essa diferença.

"A conta de Estados e municípios será algo entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões. É o número que estamos trabalhando", disse na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A meta fixada é de R$ 110,9 bilhões, sendo R$ 73 bilhões para o Governo Central (Tesouro, Previdência e Banco Central) e perto de R$ 38 bilhões para Estados e municípios.

Governadores e prefeitos já pouparam R$ 18,5 bilhões até setembro e devem economizar "R$ 6 bilhões, R$ 7 bilhões ou R$ 8 bilhões" a mais até o final do ano, segundo Mantega.

"A meta que eu tenho repetido para vocês é a do Governo Central, que é de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), e mais aquilo que Estados e municípios puderem fazer. Se eles pudessem fazer o primário cheio poderíamos chegar a 2,3% do PIB. Vamos aguardar para ver o que eles podem fazer", afirmou o ministro.

Ele considera, no entanto, que o primário deste ano deve ser satisfatório e permitirá que a dívida líquida continue caindo.


O ministro disse que este ano foi difícil por causa da seca no Nordeste, que provocou um custo extra em torno de R$ 15 bilhões este ano. Segundo ele, o governo gastou quase R$ 5 bilhões em medidas para ajudar a população e os produtores do Nordeste. Além disso, os gastos com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2013 será de R$ 10 bilhões.

Até o momento, o governo já transferiu R$ 6,4 bilhões para a CDE. "São R$ 15 bilhões de um gasto excepcional que espero não ter o ano que vem com um regime melhor de chuvas", disse o ministro.

Mantega lembrou que o governo tem revisado os gastos como, por exemplo, com seguro-desemprego e abono para controlar o aumento dessas despesas que subiram bastante nos últimos tempos. "Estamos buscando controlar todos os gastos da economia", disse.

Para 2014, o ministro disse esperar uma situação mais favorável e uma recuperação dos tributos. "A arrecadação já está voltando. Quando fizemos desonerações, elas reduziram a arrecadação. Essa é uma das razões que geraram arrecadação menor, mas que são fundamentais para recuperação da indústria, do setor produtivo e dos investimentos", argumentou.

"As desonerações foram da ordem de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões. Se eu colocasse isso no primário, faria um primário cheio. Mas, em compensação, não estaríamos dado os estímulos que o setor produtivo necessita para recuperar o seu crescimento", argumentou. Mantega disse que com a recuperação da economia e da arrecadação será mais viável fazer um superávit primário maior em 2014.

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