Mantega reforça compromisso fiscal ante agravamento da crise
A tendência é que o crescimento do Produto Interno Bruto se acelere no ano que vem, segundo o ministro, mesmo com crescimento menor neste ano
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2011 às 07h09.
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , afirmou na quarta-feira que a crise mundial se agravou e que o mundo corre o risco de ter um desempenho econômico "pífio", em desempenho que afetaria também os países emergentes.
No Brasil, a tendência é que o crescimento do Produto Interno Bruto se acelere no ano que vem, segundo Mantega, mas ele destacou que essa trajetória depende de o país se ater à política de solidez fiscal.
"Se tem alguma coisa que pode atrapalhar essa solidez fiscal somos nós mesmos, criando novas despesas, não permitindo que o governo faça o superávit primário, então nós temos que tomar cuidado", disse o ministro. "O governo é um governo de responsabilidade fiscal, e nós vamos manter isso ate o final." Mantega atribuiu o agravamento da crise europeia à falta de agilidade das autoridades, que não estariam usando instrumentos à mão, como a possibilidade de o Banco Central Europeu injetar liquidez na Itália por meio da compra de bônus do país.
"Se houver uma negligêcia das autoridades europeias, ela (Itália) poderia ter um default da dívida. Acho que isso é perfeitamente evitável", disse o ministro, que nasceu na Itália e se mudou para o Brasil ainda criança.
Os yields dos papéis italianos dispararam acima de 7 por cento na quarta-feira, recorde desde a criação do euro, num sinal de que investidores relutam cada vez mais em financiar o governo por preocupações de que a dívida do país saia do controle.
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , afirmou na quarta-feira que a crise mundial se agravou e que o mundo corre o risco de ter um desempenho econômico "pífio", em desempenho que afetaria também os países emergentes.
No Brasil, a tendência é que o crescimento do Produto Interno Bruto se acelere no ano que vem, segundo Mantega, mas ele destacou que essa trajetória depende de o país se ater à política de solidez fiscal.
"Se tem alguma coisa que pode atrapalhar essa solidez fiscal somos nós mesmos, criando novas despesas, não permitindo que o governo faça o superávit primário, então nós temos que tomar cuidado", disse o ministro. "O governo é um governo de responsabilidade fiscal, e nós vamos manter isso ate o final." Mantega atribuiu o agravamento da crise europeia à falta de agilidade das autoridades, que não estariam usando instrumentos à mão, como a possibilidade de o Banco Central Europeu injetar liquidez na Itália por meio da compra de bônus do país.
"Se houver uma negligêcia das autoridades europeias, ela (Itália) poderia ter um default da dívida. Acho que isso é perfeitamente evitável", disse o ministro, que nasceu na Itália e se mudou para o Brasil ainda criança.
Os yields dos papéis italianos dispararam acima de 7 por cento na quarta-feira, recorde desde a criação do euro, num sinal de que investidores relutam cada vez mais em financiar o governo por preocupações de que a dívida do país saia do controle.