Economia

Mantega: país se recupera, mas não há superaquecimento

SÃO PAULO, 2 de fevereiro (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que os sinais de recuperação da economia brasileira permitiram a retirada de alguns estímulos, mas descartou um aquecimento excessivo.   "Julgamos que era o momento de deixar os subsídios, mantendo o cronograma previsto de vencimentos", disse ele a um […]

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2010 às 09h41.

SÃO PAULO, 2 de fevereiro (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que os sinais de recuperação da economia brasileira permitiram a retirada de alguns estímulos, mas descartou um aquecimento excessivo.

"Julgamos que era o momento de deixar os subsídios, mantendo o cronograma previsto de vencimentos", disse ele a um plateia de empresários em evento em São Paulo.

O ministro informou recentemente que o governo não renovará incentivos fiscais, decidindo que a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca terminou em janeiro e que o incentivo para o setor automobilístico expira em 31 de março.

"Foi bom porque acalmou o ânimo daqueles que já achavam que deveria subir juro. Vamos devagar porque o santo é de barro."

Mantega avaliou que a economia está crescendo de forma sustentável, porque tem "forte componente de investimento e porque não cria desequilíbrios macroeconômicos".

Segundo ele, a inflação deste ano não fugirá da meta, "mesmo que a economia cresça entre 5 e 5,5 por cento".

Recém chegado de Davos, onde participou do Fórum Econômico Mundial, Mantega afirmou ainda que nunca houve tanta confiança internacional no Brasil quanto agora.

Ele também rearirmou a disposição do governo de cumprir "à risca" a meta de superávit primário deste ano, de 3,3 por cento, e propôs um pacto com o empresariado brasileiro pela sustentabilidade da economia e para blindá-la em um ano eleitoral.

"Não devemos permitir que haja perturbação desse momento muito bom."

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