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Mantega nega que esteja deixando o governo

Para Mantega, “é uma irresponsabilidade” espalhar notícias sobre a saída ou demissão de integrantes da equipe econômica

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: sobre a instabilidade do câmbio, fenômeno que ocorre não só no Brasil, mas em outros países emergentes, o ministro disse que a questão tem que ver com a situação dos Estados Unidos. (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 14h04.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , reagiu duramente às informações que circulam nos meios políticos e econômicos de que estaria deixando o governo em decorrência da condução da política econômica.

“São fofocas, eventuais informações sobre a minha saída”, disse Mantega. Ao ser questionado por parlamentares sobre o assunto, ele acrescentou: “Se vamos dar ouvidos a fofocas, [imaginem] quantas fofocas temos ouvido sobre a saída de membros do parlamento [sem citar situações específicas]”.

Para Mantega, “é uma irresponsabilidade” espalhar notícias sobre a saída ou demissão de integrantes da equipe econômica no momento em que o Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, adota procedimentos que geram turbulências à economia mundial.

Sobre a instabilidade do câmbio, fenômeno que ocorre não só no Brasil, mas em outros países emergentes, o ministro disse que a questão tem que ver com a situação dos Estados Unidos. Segundo Mantega, é cedo para saber qual deverá ser o preço ideal da moeda norte-americana.

“Não sabemos [em que] patamar o câmbio irá se estabilizar. É claro que empresas que têm passivo em dólar terão problemas em seus balanços. Mas, futuramente, isso mudará”, disse.


O governo tem adotado uma série de medidas para tentar suavizar a alta do dólar, nas últimas semanas. Ontem (25), o Banco Central (BC) decidiu deixar de recolher depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio, indicando apostas de instituições financeiras na queda do dólar.

O objetivo da medida é aumentar a oferta de dólares no mercado futuro. Atualmente, em vez de esperarem a queda do dólar, as instituições financeiras estão apostando na alta da moeda norte-americana, na posição comprada de câmbio. Neste mês, até o último dia 19, os bancos estavam comprados em US$ 4,473 bilhões.

O BC também tem feito leilões de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, para tentar conter a alta do dólar. No último dia 20, o BC lançou mão também de mais uma ferramenta para conter a alta do dólar. A autoridade monetária anunciou leilão de venda dólares com compromisso de recompra futura.

No último dia 6, o governo decidiu zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A medida estimula a entrada de recursos externos e, com isso, ajuda a conter a alta do do dólar.

Outra medida foi a isenção de IOF, que era cobrado, com alíquota de 1%, sobre a venda de moeda estrangeira no mercado futuro.

Ontem, o dólar encerrou o dia em queda pela terceira sessão seguida. O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,2119 para venda, com queda de 0,71%.

A expectativa de instituições financeiras é que o dólar chegue ao final do ano em R$ 2,13.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , reagiu duramente às informações que circulam nos meios políticos e econômicos de que estaria deixando o governo em decorrência da condução da política econômica.

“São fofocas, eventuais informações sobre a minha saída”, disse Mantega. Ao ser questionado por parlamentares sobre o assunto, ele acrescentou: “Se vamos dar ouvidos a fofocas, [imaginem] quantas fofocas temos ouvido sobre a saída de membros do parlamento [sem citar situações específicas]”.

Para Mantega, “é uma irresponsabilidade” espalhar notícias sobre a saída ou demissão de integrantes da equipe econômica no momento em que o Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, adota procedimentos que geram turbulências à economia mundial.

Sobre a instabilidade do câmbio, fenômeno que ocorre não só no Brasil, mas em outros países emergentes, o ministro disse que a questão tem que ver com a situação dos Estados Unidos. Segundo Mantega, é cedo para saber qual deverá ser o preço ideal da moeda norte-americana.

“Não sabemos [em que] patamar o câmbio irá se estabilizar. É claro que empresas que têm passivo em dólar terão problemas em seus balanços. Mas, futuramente, isso mudará”, disse.


O governo tem adotado uma série de medidas para tentar suavizar a alta do dólar, nas últimas semanas. Ontem (25), o Banco Central (BC) decidiu deixar de recolher depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio, indicando apostas de instituições financeiras na queda do dólar.

O objetivo da medida é aumentar a oferta de dólares no mercado futuro. Atualmente, em vez de esperarem a queda do dólar, as instituições financeiras estão apostando na alta da moeda norte-americana, na posição comprada de câmbio. Neste mês, até o último dia 19, os bancos estavam comprados em US$ 4,473 bilhões.

O BC também tem feito leilões de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, para tentar conter a alta do dólar. No último dia 20, o BC lançou mão também de mais uma ferramenta para conter a alta do dólar. A autoridade monetária anunciou leilão de venda dólares com compromisso de recompra futura.

No último dia 6, o governo decidiu zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A medida estimula a entrada de recursos externos e, com isso, ajuda a conter a alta do do dólar.

Outra medida foi a isenção de IOF, que era cobrado, com alíquota de 1%, sobre a venda de moeda estrangeira no mercado futuro.

Ontem, o dólar encerrou o dia em queda pela terceira sessão seguida. O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,2119 para venda, com queda de 0,71%.

A expectativa de instituições financeiras é que o dólar chegue ao final do ano em R$ 2,13.

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