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Mantega diz que pedirá ao G20 proposta contra crise

Ministro está preocupado que a crise grega se alastre para outros países da Europa

Guido Mantega: preocupação com as economias desenvolvidas (Elza Fiuza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 20h33.

Campinas, São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse hoje que pedirá uma solução para os problemas relacionados à crise europeia na reunião dos líderes do G-20 que acontece em Cannes, na França, no começo de novembro. De acordo com ele, há um perigo de que a crise da dívida soberana grega afete a economia de países maiores da região.

Mantega explicou que os países desenvolvidos ainda não se recuperaram da crise de 2008. "Temos pela frente a possibilidade de uma crise soberana, se não, no limite, a possibilidade de uma nova crise financeira", afirmou ele ao ministrar aula inaugural do curso de pós-graduação da Faculdade de Campinas (Facamp).

Para o ministro, o ajustamento da crise mundial deverá ocorrer no prazo de três a quatro anos. "Mas, hoje, o epicentro da crise é a Europa e o 'Calcanhar de Aquiles', a Grécia, que tem dificuldade para administrar sua dívida soberana", continuou Mantega. O ministro acrescentou que, agora, a discussão é o tamanho do "haircut" da estruturação dessa dívida e quem vai arcar com esse custo.

Na avaliação de Mantega, os bancos credores teriam que cortar cerca de 50% do valor devido pelos gregos, "que não é pequeno". O ministro lembrou que a economia mundial passa por momento complicado e que as projeções são de crescimento baixo nas economias avançadas. Para esse ano, por exemplo, ele projeta crescimento perto de zero na média das economias europeias, avanço de 1,5% para os EUA, expansão de 3,8% para o Brasil e de 9,5% para a China.

"As economias emergentes, mais dinâmicas, não foram afetadas até agora. Mas se a crise se aprofundar, também afetará os emergentes e nós sofreremos a consequência disso". No entanto, Mantega avalia que o Brasil está preparado para enfrentar tais efeitos.

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Mantega explicou que os países desenvolvidos ainda não se recuperaram da crise de 2008. "Temos pela frente a possibilidade de uma crise soberana, se não, no limite, a possibilidade de uma nova crise financeira", afirmou ele ao ministrar aula inaugural do curso de pós-graduação da Faculdade de Campinas (Facamp).

Para o ministro, o ajustamento da crise mundial deverá ocorrer no prazo de três a quatro anos. "Mas, hoje, o epicentro da crise é a Europa e o 'Calcanhar de Aquiles', a Grécia, que tem dificuldade para administrar sua dívida soberana", continuou Mantega. O ministro acrescentou que, agora, a discussão é o tamanho do "haircut" da estruturação dessa dívida e quem vai arcar com esse custo.

Na avaliação de Mantega, os bancos credores teriam que cortar cerca de 50% do valor devido pelos gregos, "que não é pequeno". O ministro lembrou que a economia mundial passa por momento complicado e que as projeções são de crescimento baixo nas economias avançadas. Para esse ano, por exemplo, ele projeta crescimento perto de zero na média das economias europeias, avanço de 1,5% para os EUA, expansão de 3,8% para o Brasil e de 9,5% para a China.

"As economias emergentes, mais dinâmicas, não foram afetadas até agora. Mas se a crise se aprofundar, também afetará os emergentes e nós sofreremos a consequência disso". No entanto, Mantega avalia que o Brasil está preparado para enfrentar tais efeitos.

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