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Mantega: crise europeia abate fluxo de capitais

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que os efeitos da crise de dívida da zona do euro no Brasil se restringem, no momento, à diminuição dos fluxos de capitais. Ele também afirmou, após reunião com o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que com a retirada dos estímulos […]

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2010 às 14h12.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que os efeitos da crise de dívida da zona do euro no Brasil se restringem, no momento, à diminuição dos fluxos de capitais.

Ele também afirmou, após reunião com o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que com a retirada dos estímulos do governo, o crescimento econômico brasileiro irá desacelerar após o primeiro trimestre, mas encerrará 2010 em ritmo sustentável.

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"Um problema para discutir entre nós é a crise europeia, que preocupa todos. É uma crise localizada na Europa, porém traz consequências para o mundo como um todo, embora no Brasil elas são pequenas, e, no momento, se restringem à diminuição dos fluxos de capitais", disse Mantega.

"Haverá um refluxo desse pânico que existe hoje nos mercados... Nós temos que fazer um ajuste fiscal nos países europeus, porém preservando a possibilidade de crescimento."

Mantega reiterou que o Brasil registrará no primeiro trimestre a maior expansão econômica do ano.

"O primeiro trimestre será onde o crescimento será maior, porque todas as políticas para combater a crise ainda estavam exercendo seus efeitos. A partir do primeiro tri haverá uma desaceleração."

"A economia brasileira caminha para o crescimento sustentável. O segundo semestre terá um crescimento menor que o primeiro, encerrando o ano a (entre) 5,5 a 6 por cento."

Mantega afirmou que o Brasil, ao contrário de outros países que ainda se recuperam da crise de crédito mundial, é uma das poucas economias do mundo que enfrenta "questões de crescimento e não de estagnação".

Recentemente, o governo anunciou um corte de gastos de cerca de 10 bilhões de reais para evitar um superaquecimento da economia.

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