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Mantega alerta que crise se aproxima de emergentes

O ministro da Fazenda reiterou que a Europa deve resolver com mais rapidez os problemas da Grécia e Itália

Mantega reiterou que o Brasil e seus parceiros do Brics estavam e continuam dispostos a colaborar com a resolução da crise mediante contribuições ao FMI (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 11h39.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , alertou nesta terça-feira que a crise já bate à porta dos países emergentes e reiterou que a Europa deve resolver com mais rapidez os problemas da Grécia e Itália, pois de outro modo 'será pior'.

Na opinião de Mantega, os países europeus continuam trabalhando tardiamente, estão atrasados em relação às necessidades e aos fatos e estão deixando que as coisas se degenerem ao não adotarem alternativas concretas para solucionar a crise financeira.

Em declarações a jornalistas, o ministro considerou que 'só agora (a Europa) está resolvendo os problemas da Grécia e já enfrenta o problema da Itália', onde as dificuldades financeiras pressionam o primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Mantega explicou que na última Cúpula do G20, realizada na semana passada em Cannes, os Estados Unidos, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e todo o mundo pressionou, mas os europeus têm seus problemas políticos para resolver.

O ministro reiterou que o Brasil e seus parceiros do Brics estavam e continuam dispostos a colaborar com a resolução da crise mediante contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas esclareceu que isso dependerá de os europeus cumprirem seus compromissos.

Nesse sentido, avaliou que os países da União Europeia (UE) deveriam 'organizar o fundo (de resgate) europeu, utilizar mais o Banco Central Europeu, que não está sendo usado como poderia, e resolver o problema da Grécia'.


No entanto, apontou que 'isso não se concretizou' e, por isso, a oferta dos países do Brics permanece em suspenso.

Além disso, esclareceu que os recursos que seriam fornecidos por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não seriam somente para os membros da UE, mas 'para todos os países que fazem parte do FMI e possam necessitar de recursos em caso de um agravamento da crise', o que em sua opinião está perto.

'Hoje já vemos uma saída de capitais de alguns dos países emergentes', disse, sem detalhar nenhum deles, e alertou que essas economias, que em uma boa medida sustentam atualmente o movimento econômico mundial, 'poderiam precisar do FMI'.

Segundo Mantega, o grande problema é que 'a confiança (na Europa) não pôde ser restituída', pois 'a crise não está sendo resolvida satisfatoriamente' e, pelo contrário, 'está um pouco pior'.

O ministro brasileiro advertiu que, no caso da Itália, embora se trate de um país 'mais sólido' do que a Grécia, 'os mercados funcionam com base na expectativa e na desconfiança', razão pela qual a situação pode se agravar ainda mais nos próximos dias.

'Todos temos que nos preocupar com isso, porque se esta crise chegar a afetar os países emergentes, a situação internacional será pior', afirmou.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , alertou nesta terça-feira que a crise já bate à porta dos países emergentes e reiterou que a Europa deve resolver com mais rapidez os problemas da Grécia e Itália, pois de outro modo 'será pior'.

Na opinião de Mantega, os países europeus continuam trabalhando tardiamente, estão atrasados em relação às necessidades e aos fatos e estão deixando que as coisas se degenerem ao não adotarem alternativas concretas para solucionar a crise financeira.

Em declarações a jornalistas, o ministro considerou que 'só agora (a Europa) está resolvendo os problemas da Grécia e já enfrenta o problema da Itália', onde as dificuldades financeiras pressionam o primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Mantega explicou que na última Cúpula do G20, realizada na semana passada em Cannes, os Estados Unidos, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e todo o mundo pressionou, mas os europeus têm seus problemas políticos para resolver.

O ministro reiterou que o Brasil e seus parceiros do Brics estavam e continuam dispostos a colaborar com a resolução da crise mediante contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas esclareceu que isso dependerá de os europeus cumprirem seus compromissos.

Nesse sentido, avaliou que os países da União Europeia (UE) deveriam 'organizar o fundo (de resgate) europeu, utilizar mais o Banco Central Europeu, que não está sendo usado como poderia, e resolver o problema da Grécia'.


No entanto, apontou que 'isso não se concretizou' e, por isso, a oferta dos países do Brics permanece em suspenso.

Além disso, esclareceu que os recursos que seriam fornecidos por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não seriam somente para os membros da UE, mas 'para todos os países que fazem parte do FMI e possam necessitar de recursos em caso de um agravamento da crise', o que em sua opinião está perto.

'Hoje já vemos uma saída de capitais de alguns dos países emergentes', disse, sem detalhar nenhum deles, e alertou que essas economias, que em uma boa medida sustentam atualmente o movimento econômico mundial, 'poderiam precisar do FMI'.

Segundo Mantega, o grande problema é que 'a confiança (na Europa) não pôde ser restituída', pois 'a crise não está sendo resolvida satisfatoriamente' e, pelo contrário, 'está um pouco pior'.

O ministro brasileiro advertiu que, no caso da Itália, embora se trate de um país 'mais sólido' do que a Grécia, 'os mercados funcionam com base na expectativa e na desconfiança', razão pela qual a situação pode se agravar ainda mais nos próximos dias.

'Todos temos que nos preocupar com isso, porque se esta crise chegar a afetar os países emergentes, a situação internacional será pior', afirmou.

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