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Maia quer reforma tributária neste ano para evitar "influência de 2022"

Presidente da Câmara também afirmou que analisará pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro no momento adequado

Rodrigo Maia: Maia voltou a citar a importância de se discutir uma renda mínima permanente para os mais vulneráveis (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 15h01.

Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 17h02.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que a Casa avance na votação da reforma tributária ainda neste ano para evitar que a discussão seja influenciada pelo clima eleitoral a partir do segundo semestre de 2021.

Maia aproveitou para dizer, durante entrevista à TV Tropical do Rio Grande do Norte, que trabalha pelo convencimento do Executivo para que mande sua proposta de reforma administrativa, que, segundo ele, não tem a intenção de desgastar o governo ou prejudicar servidores que já atuam no funcionalismo público.

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"Temos um ciclo de 12 meses, porque a partir do ano que vem, do segundo semestre, as decisões já começam a ser mais influenciadas pelo processo eleitoral de 2022", afirmou.

"Vamos continuar torcendo, trabalhando, para que o governo entenda que nós não estamos querendo a reforma para desgastar o governo, para prejudicar o governo", disse.

"Pelo contrário, entendemos que essas reformas fortalecem o governo, independente de quem esteja presidindo."

Maia voltou a citar a importância de se discutir uma renda mínima permanente para os mais vulneráveis para o próximo ano e argumentou que, passada a fase crítica da pandemia de Covid-19, a economia e empregos devem voltar a crescer, de forma que menos pessoas precisarão de auxílio emergencial do governo.

Impeachment

O presidente da Câmara também afirmou que analisará os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro no momento adequado e argumentou que a prioridade atual é o combate aos efeitos da crise do coronavírus.

Em entrevista à TV Tropical do Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara disse que os pedidos serão analisados com cuidado para evitar uma nova crise institucional.

"No momento adequado, claro, nós vamos enfrentar também esse tema, decidindo sobre o assunto, lendo com cuidado, lendo o mérito e decidindo de forma correta para que a gente não crie mais uma crise institucional no Brasil", afirmou.

"Acho que a nossa prioridade tem que ser esse enfrentamento, o enfrentamento à pandemia."

O presidente da Câmara tem a prerrogativa de acatar ou rejeitar pedidos de abertura de processo de impeachment contra o presidente da República.

Mas a aceitação de eventual pedido é apenas o primeiro passo de um longo trajeto, pelo qual passou, mais recentemente, a então presidente Dilma Rousseff.

Caso seja aceito, o requerimento precisa ser avaliado por uma comissão de deputados, responsável pela emissão de um parecer sobre a abertura efetiva ou não do processo de impedimento. E esse parecer ainda é submetido ao plenário da Câmara, onde Bolsonaro conseguiu angariar mais votos após a adesão de partidos do centrão ao seu governo.

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