Economia

Lupi diminui projeção de criação de empregos em 2011

Ministro do Trabalho diz que crise internacional pode afetar cenário no Brasil, mas garante: país seguirá criando vagas e deve encerrar ano com 2,7 mi a mais

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego (José Cruz/ABr)

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2011 às 17h48.

São Paulo - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi reduziu, neste sábado, sua previsão de criação de vagas do emprego no Brasil em 2011. Ao falar a jornalistas após a Convenção Estadual de seu partido, o PDT, em São Paulo, Lupi afirmou que a geração de empregos ao longo de 2011 deverá totalizar 2,7 milhões de postos formais. O resultado é inferior à meta anterior, de 3 milhões de vagas, mas ainda é considerado positivo pelo Executivo.

Até agosto, a geração de vagas formais somava 1.825.382 postos, abaixo das 2.195.370 vagas geradas nos oito primeiros meses de 2010. Lupi, porém, faz questão de demonstrar otimismo: "Atingiremos agora, neste mês, dois milhões (de novos empregos) com a presidente Dilma", disse. "É um número monstruoso. Já está faltando trabalhador", completou.

Lupi acredita que o Brasil alcançará o pleno emprego ao longo de 2012. Para ele, a condição, caracterizada quando a taxa de desemprego fica próxima a 5%, é possível de ser alcançada a despeito dos efeitos decorrentes da crise internacional, que atinge principalmente os Estados Unidos e a Europa. "Minha expectativa é de que possamos alcançar o pleno emprego no ano que vem", afirmou. Em agosto, a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou estável em 6%.

Para Lupi, a geração de 2,7 milhões de postos no ano é expressiva, principalmente quando comparada com o resultado de outros países. Os Estados Unidos, por exemplo, preveem a abertura de 150.000 vagas, lembrou o ministro.

No último dia 14 de setembro, Lupi havia comentado que a projeção de empregos gerados este ano estava entre 2,7 milhões e 3 milhões. Duas semanas e meia depois, ele acaba de ajustar a estimativa para o piso do intervalo. "A crise internacional sempre acaba, de alguma maneira, afetando o emprego regional, porque há uma diminuição das encomendas. Mas não é nada que fará com que o Brasil, por exemplo, deixe de continuar gerando emprego recorde no mundo", ressaltou.

A taxa de desemprego registrada em agosto passado foi a menor para o mês desde o início da série da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada pelo IBGE desde 2002. O recorde do levantamento foi registrado em dezembro do ano passado (mês sazonalmente mais favorável para a geração de vagas), quando a taxa de desemprego alcançou 5,3%. 

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