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Fitch: Prisão coloca Lula em evidência e mantém incerteza eleitoral

"Isso vai colocá-lo ainda mais em evidência", disse diretor no Brasil da agência de classificação de risco

Lula: ex-presidente teve ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro (Cris Faga/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2018 às 19h26.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 20h11.

São Paulo - A decisão do juiz federal Sérgio Moro , responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, de pedir a apresentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Polícia Federal até a tarde desta sexta-feira, 6, coloca o petista ainda mais em evidência e mantém elevado o quadro de incerteza eleitoral. A avaliação é do diretor executivo da agência de classificação de risco Fitch Ratings, Rafael Guedes.

"A decisão coloca Lula ainda mais em evidência para as eleições", disse Guedes ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O executivo avalia que só haverá certeza definitiva sobre a participação do petista na eleição após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifestar sobre a possível candidatura de Lula, o que só vai ocorrer no segundo semestre, já próximo às eleições.

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Mais cedo, durante evento da Fitch em São Paulo, Guedes disse em sua apresentação que com ou sem Lula o quadro eleitoral permanece muito incerto e difuso, com muitos nomes participando da disputa presidencial, mas sem um que se destaque muito. "Estamos a seis meses das eleições e é extremamente difícil de prever (o resultado), com ou sem Lula. Temos um cenário bastante pulverizado", afirmou o executivo. Essa elevada incerteza política é um dos fatores que pode afetar negativamente o crescimento da economia este ano, pois pode reduzir a confiança de empresários e consumidores.

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