Economia

Luiz Estevão diz que tem interesse em pagar dívida para liberar bens

A Justiça Federal determinou o depósito imediato de quase R$ 55 milhões do Grupo OK para os cofres públicos

Luiz Estevão, ex-senador e empresário: "essa dívida tem juros que, com o pagamento, serão diminuídos” (Nelio Rodrigues/Tudo)

Luiz Estevão, ex-senador e empresário: "essa dívida tem juros que, com o pagamento, serão diminuídos” (Nelio Rodrigues/Tudo)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 12h59.

Brasília - O empresário e ex-senador Luiz Estevão disse hoje (15) que a decisão da Justiça Federal de determinar o depósito imediato de quase R$ 55 milhões do Grupo OK para os cofres públicos não traz “nenhum inconveniente”. O valor, que vinha sendo penhorado desde 2009, já foi depositado na Caixa Econômica Federal.

“Desde março que venho declarando publicamente que [quero] liberar meus bens, pagar essa dívida e continuar discutindo a pertinência dela na Justiça”, disse à Agência Brasil. “Além do mais, essa dívida tem juros que, com o pagamento, serão diminuídos”, completou.

O empresário é acusado de envolvimento no desvio de quase R$ 170 milhões das obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo nos anos 90. O escândalo resultou na prisão do então juiz trabalhista Nicolau dos Santos Neves.

Em 2006, Nicolau foi condenado a 26 anos de prisão, em regime fechado, por peculato, estelionato e corrupção. Depois de recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2007, obteve o direito de cumprir prisão domiciliar.

Já Luiz Estevão chegou a ser preso, em 2006, por decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. A condenação, em regime semiaberto, foi por falsificação de documento durante a ação civil pública que ele havia movido por causa do desvio de recursos da obra do TRT. Entretanto, o empresário obteve habeas corpus no STJ.

Na época, em cinco processos relacionados ao desvio, Luiz Estevão foi condenado a 31 anos de prisão, mas beneficiado por recursos.

Ele chegou a se eleger para uma vaga ao Senado, mas em 2000 se tornou o único senador a ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoDívidas pessoaisEscândalosFraudesJustiça

Mais de Economia

Alckmin: reforma tributária vai ampliar investimentos e exportações

Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 4 bi em junho, mostra Banco Central

Arrecadação federal cresce 11,02% em junho e chega a R$ 208,8 bilhões

Plano Real, 30 anos: Carlos Vieira e o efeito desigual da hiperinflação no povo

Mais na Exame