Levy diz que país vive desconforto, desemprego e inflação
Em Vitória (ES), o ministro Joaquim Levy admitiu que o cenário atual é de alta da inflação e do desemprego
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2015 às 22h01.
Brasília -- O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , afirmou neste sábado que o Brasil vive uma fase de desconforto, com crescimento do desemprego e da inflação .
Segundo ele, que passou o dia em Vitória (ES), os motivos que levaram a esse cenário vão além do ajuste fiscal promovido pelo governo. Levy ressaltou, entretanto, que a situação é transitória e salientou, por exemplo, que a inflação está começando a convergir para a meta nos próximos anos.
Ao explicar a necessidade do ajuste fiscal, Levy disse que outras economias deixaram de fazer políticas de aumento de gastos para atenuar a crise e afirmou que, no Brasil, o dinheiro acabou.
"Nossos parceiros passaram a ter outro tipo de atitude e não é bom a gente ficar na contramão da história (...). A segunda coisa é que o dinheiro acabou. Não dá pra fazer política anticíclica, principalmente depois da aceleração dos gastos em 2014", justificou, se referindo ao fim do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, ano da campanha eleitoral que reelegeu a petista.
"Estamos numa fase em que há um desconforto. Há um aumento do desemprego, a gente está vendo a inflação aumentar neste ano", disse o ministro, que passou o sábado em Vitória (ES). Levy ponderou que já há uma expectativa no mercado de que a alta de preços no ano que vem seja mais contida.
"Vai ser a mais baixa dos últimos anos, já está em 5,5%. Para 2017 já está praticamente na meta, o que não acontecia há anos", afirmou. "Estamos começando a convergir para a meta de 4,5%, o que abre outra perspectiva de estabilidade, o que é muito favorável para você começar a ter investimento e emprego".
O ministro ressaltou que outras questões estão funcionando na economia, como as exportações. "Você hoje está com maior competitividade lá fora, porque o câmbio ajustou um pouco", disse.
"Continua havendo investimentos em energia elétrica, o realinhamento de preços que se fez no começo do ano deu bastante confiança ao setor", completou. Ainda de acordo com Levy, a nova rodada de licitações no setor petrolífero trará "oportunidades muito grandes".
Aeroporto
Em visita a Vitória, onde se reuniu com o governador Paulo Hartung (PMDB), visitou um estaleiro e proferiu palestra para lideranças políticas e empresários, Levy sinalizou o interesse do governo em conceder o aeroporto de Vitória à iniciativa privada.
"Há coisas que são imediatas, o aeroporto de Vitória é um exemplo. O governo assinou uma ordem de serviço, estamos começando a trabalhar, mas a gente não deve descartar fazer a concessão, até porque eu sei que aqui no Espírito Santo tem interessados em tocar um projeto como esse", afirmou.
Até o momento, o governo confirma apenas os leilões dos aeroportos de Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA).
Brasília -- O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , afirmou neste sábado que o Brasil vive uma fase de desconforto, com crescimento do desemprego e da inflação .
Segundo ele, que passou o dia em Vitória (ES), os motivos que levaram a esse cenário vão além do ajuste fiscal promovido pelo governo. Levy ressaltou, entretanto, que a situação é transitória e salientou, por exemplo, que a inflação está começando a convergir para a meta nos próximos anos.
Ao explicar a necessidade do ajuste fiscal, Levy disse que outras economias deixaram de fazer políticas de aumento de gastos para atenuar a crise e afirmou que, no Brasil, o dinheiro acabou.
"Nossos parceiros passaram a ter outro tipo de atitude e não é bom a gente ficar na contramão da história (...). A segunda coisa é que o dinheiro acabou. Não dá pra fazer política anticíclica, principalmente depois da aceleração dos gastos em 2014", justificou, se referindo ao fim do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, ano da campanha eleitoral que reelegeu a petista.
"Estamos numa fase em que há um desconforto. Há um aumento do desemprego, a gente está vendo a inflação aumentar neste ano", disse o ministro, que passou o sábado em Vitória (ES). Levy ponderou que já há uma expectativa no mercado de que a alta de preços no ano que vem seja mais contida.
"Vai ser a mais baixa dos últimos anos, já está em 5,5%. Para 2017 já está praticamente na meta, o que não acontecia há anos", afirmou. "Estamos começando a convergir para a meta de 4,5%, o que abre outra perspectiva de estabilidade, o que é muito favorável para você começar a ter investimento e emprego".
O ministro ressaltou que outras questões estão funcionando na economia, como as exportações. "Você hoje está com maior competitividade lá fora, porque o câmbio ajustou um pouco", disse.
"Continua havendo investimentos em energia elétrica, o realinhamento de preços que se fez no começo do ano deu bastante confiança ao setor", completou. Ainda de acordo com Levy, a nova rodada de licitações no setor petrolífero trará "oportunidades muito grandes".
Aeroporto
Em visita a Vitória, onde se reuniu com o governador Paulo Hartung (PMDB), visitou um estaleiro e proferiu palestra para lideranças políticas e empresários, Levy sinalizou o interesse do governo em conceder o aeroporto de Vitória à iniciativa privada.
"Há coisas que são imediatas, o aeroporto de Vitória é um exemplo. O governo assinou uma ordem de serviço, estamos começando a trabalhar, mas a gente não deve descartar fazer a concessão, até porque eu sei que aqui no Espírito Santo tem interessados em tocar um projeto como esse", afirmou.
Até o momento, o governo confirma apenas os leilões dos aeroportos de Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA).