Levy diz priorizar garantia de sustentabilidade das finanças
O ministro da Fazenda fez uma forte defesa do ajuste fiscal em palestra na Bolsa de Valores de Londres
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2015 às 11h10.
Londres - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , fez uma forte defesa do ajuste fiscal em palestra na Bolsa de Valores de Londres realizada na manhã desta quarta-feira, 13.
Em evento no "Brazil Capital Market Day", o ministro disse a investidores e analistas que a melhora da situação das contas públicas servirá de base para um novo ciclo de crescimento do Brasil após o boom das commodities.
"Nossa prioridade é garantir a sustentabilidade das finanças públicas como base para permitir um novo ciclo após o boom das commodities", disse.
Entre as ações para criar essa condição, o ministro da Fazenda citou a reversão das medidas anticíclicas adotadas pelo governo ao longo dos últimos anos.
"Como a presidente Dilma Rousseff disse várias vezes, as políticas dos últimos anos foram exauridas e precisamos de um novo curso", afirmou.
Como tem feito em vários eventos, Levy explicou a mudança da política econômica no Brasil diante da mudança de condições em outras economias.
"Se nós observarmos nossos grandes parceiros, como os Estados Unidos, China e o Reino Unido estão com novas políticas. Temos de nos ajustar", disse no evento na Bolsa de Londres.
Gastos Públicos
Reduzir o nível dos gastos públicos para o visto em 2013 é "a chave" do ajuste fiscal adotado pelo atual governo, afirmou Joaquim Levy. Com a melhora do resultado fiscal, completa, será possível melhorar a situação da dívida pública.
"A chave do ajuste fiscal é levar os gastos discricionários para níveis antigos, basicamente para o nível de 2013, e reverter incentivos tributários", disse ao comentar alguns incentivos que foram revertidos, como contribuições de empregadores e a contribuição paga na compra de combustíveis, a Cide.
"Não estamos criando novas taxas, mas isso vai nos ajudar a fazer primário de 1,2% do Produto Interno Bruto e estabilizar o nível da dívida".
Levy defendeu aos investidores e analistas que a redução do nível da dívida pública é "muito importante para voltar a crescer". "A dívida sempre é um obstáculo para o crescimento da economia", afirma.
Riscos
O Brasil tem mudando condições da economia para reduzir riscos e, assim, abrir espaço para o capital privado, afirmou Joaquim Levy durante o evento.
"Reduzir riscos agregados é essencial para motivar as pessoas a tomarem riscos idiossincráticos. Isso significa investimentos", disse.
O ministro da Fazenda explicou aos presentes que ele espera uma reversão no sentimento econômico "nos próximos meses" no Brasil.
"A desaceleração da economia é temporária em parte pela incerteza. E a confiança começa a estabilizar com uma política mais clara da atual administração", afirmou.
O ministro comentou que a melhora das condições econômicas vai permitir o aumento dos investimentos privados, o que será positivo também para o lado da oferta.
"Se você reduz o risco governamental, você tem mais espaço para risco privado", disse. "Isso também é crucial para amortecer qualquer pressão inflacionária da taxa de câmbio."
Londres - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , fez uma forte defesa do ajuste fiscal em palestra na Bolsa de Valores de Londres realizada na manhã desta quarta-feira, 13.
Em evento no "Brazil Capital Market Day", o ministro disse a investidores e analistas que a melhora da situação das contas públicas servirá de base para um novo ciclo de crescimento do Brasil após o boom das commodities.
"Nossa prioridade é garantir a sustentabilidade das finanças públicas como base para permitir um novo ciclo após o boom das commodities", disse.
Entre as ações para criar essa condição, o ministro da Fazenda citou a reversão das medidas anticíclicas adotadas pelo governo ao longo dos últimos anos.
"Como a presidente Dilma Rousseff disse várias vezes, as políticas dos últimos anos foram exauridas e precisamos de um novo curso", afirmou.
Como tem feito em vários eventos, Levy explicou a mudança da política econômica no Brasil diante da mudança de condições em outras economias.
"Se nós observarmos nossos grandes parceiros, como os Estados Unidos, China e o Reino Unido estão com novas políticas. Temos de nos ajustar", disse no evento na Bolsa de Londres.
Gastos Públicos
Reduzir o nível dos gastos públicos para o visto em 2013 é "a chave" do ajuste fiscal adotado pelo atual governo, afirmou Joaquim Levy. Com a melhora do resultado fiscal, completa, será possível melhorar a situação da dívida pública.
"A chave do ajuste fiscal é levar os gastos discricionários para níveis antigos, basicamente para o nível de 2013, e reverter incentivos tributários", disse ao comentar alguns incentivos que foram revertidos, como contribuições de empregadores e a contribuição paga na compra de combustíveis, a Cide.
"Não estamos criando novas taxas, mas isso vai nos ajudar a fazer primário de 1,2% do Produto Interno Bruto e estabilizar o nível da dívida".
Levy defendeu aos investidores e analistas que a redução do nível da dívida pública é "muito importante para voltar a crescer". "A dívida sempre é um obstáculo para o crescimento da economia", afirma.
Riscos
O Brasil tem mudando condições da economia para reduzir riscos e, assim, abrir espaço para o capital privado, afirmou Joaquim Levy durante o evento.
"Reduzir riscos agregados é essencial para motivar as pessoas a tomarem riscos idiossincráticos. Isso significa investimentos", disse.
O ministro da Fazenda explicou aos presentes que ele espera uma reversão no sentimento econômico "nos próximos meses" no Brasil.
"A desaceleração da economia é temporária em parte pela incerteza. E a confiança começa a estabilizar com uma política mais clara da atual administração", afirmou.
O ministro comentou que a melhora das condições econômicas vai permitir o aumento dos investimentos privados, o que será positivo também para o lado da oferta.
"Se você reduz o risco governamental, você tem mais espaço para risco privado", disse. "Isso também é crucial para amortecer qualquer pressão inflacionária da taxa de câmbio."