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Levy diz esperar que desaceleração seja "temporária"

Segundo o ministro, a disciplina fiscal é pilar central

Joaquim Levy: ele afirmou que a disciplina fiscal é necessária para proteger a economia contra os efeitos inflacionários da depreciação do real (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 08h27.

Londres - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , afirmou nesta quarta-feira esperar que a desaceleração econômica no Brasil seja "temporária" e que a disciplina fiscal continua sendo um pilar central da política econômica do país, conforme a alta dos preços das commodities enfraquece.

Falando a investidores em Londres, Levy afirmou que a disciplina fiscal é necessária para proteger a economia contra os efeitos inflacionários da depreciação do real, algo sobre o qual o Banco Central deve continuar "bastante vigilante".

"O Brasil está passando por um período de ajuste econômico. Nossa prioridade tem sido garantir a sustentabilidade das finanças públicas como a base de um novo ciclo de crescimento", disse Levy em apresentação na bolsa de valores de Londres.

"Esperamos que a atual desaceleração de nossa economia seja temporária. Estou confiante de que até o próximo ano começaremos a ver resultados", completou.

Analistas consultados na pesquisa Focus do BC projetam contração do Produto Interno Bruto neste ano de 1,20 por cento, o que seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009.

A expectativa para a inflação é de 8,29 por cento, bem acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que a economia brasileira vai encolher 1 por cento em 2015, e avaliou na terça-feira que o objetivo do Banco Central de levar a inflação para o centro da meta em 2016 exigirá um aperto adicional na política monetária neste ano.

Levy reiterou que o governo vai em busca de sua meta de superávit primário, algo que o FMI disse ser crucial para reconquistar a confiança dos investidores.

Ele acrescentou que a economia brasileira é flexível o suficiente para garantir que o atual ajuste, como outros na história recente, seja relativamente curto. A confiança empresarial deve começar a melhorar nos próximos meses, disse.

Levy afirmou ainda que o governo busca levar os gastos discricionários de volta aos níveis de 2013. Ele ainda destacou que o Brasil precisa reduzir os encargos com a dívida devido ao peso sobre o crescimento, pedindo que o Banco Central permaneça vigilante em relação à inflação.

É a "clara responsabilidade do Banco Central permanecer bastante vigilante... para que qualquer mudança nos preços que aconteça não se traduza em um processo inflacionário", disse o ministro.

Reportagem atualizada às 8h26

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Londres - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , afirmou nesta quarta-feira esperar que a desaceleração econômica no Brasil seja "temporária" e que a disciplina fiscal continua sendo um pilar central da política econômica do país, conforme a alta dos preços das commodities enfraquece.

Falando a investidores em Londres, Levy afirmou que a disciplina fiscal é necessária para proteger a economia contra os efeitos inflacionários da depreciação do real, algo sobre o qual o Banco Central deve continuar "bastante vigilante".

"O Brasil está passando por um período de ajuste econômico. Nossa prioridade tem sido garantir a sustentabilidade das finanças públicas como a base de um novo ciclo de crescimento", disse Levy em apresentação na bolsa de valores de Londres.

"Esperamos que a atual desaceleração de nossa economia seja temporária. Estou confiante de que até o próximo ano começaremos a ver resultados", completou.

Analistas consultados na pesquisa Focus do BC projetam contração do Produto Interno Bruto neste ano de 1,20 por cento, o que seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009.

A expectativa para a inflação é de 8,29 por cento, bem acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que a economia brasileira vai encolher 1 por cento em 2015, e avaliou na terça-feira que o objetivo do Banco Central de levar a inflação para o centro da meta em 2016 exigirá um aperto adicional na política monetária neste ano.

Levy reiterou que o governo vai em busca de sua meta de superávit primário, algo que o FMI disse ser crucial para reconquistar a confiança dos investidores.

Ele acrescentou que a economia brasileira é flexível o suficiente para garantir que o atual ajuste, como outros na história recente, seja relativamente curto. A confiança empresarial deve começar a melhorar nos próximos meses, disse.

Levy afirmou ainda que o governo busca levar os gastos discricionários de volta aos níveis de 2013. Ele ainda destacou que o Brasil precisa reduzir os encargos com a dívida devido ao peso sobre o crescimento, pedindo que o Banco Central permaneça vigilante em relação à inflação.

É a "clara responsabilidade do Banco Central permanecer bastante vigilante... para que qualquer mudança nos preços que aconteça não se traduza em um processo inflacionário", disse o ministro.

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