Economia

Levy apela à Câmara para que não sejam criadas dificuldades

O ministro da Fazenda fez apelo durante audiência em comissão da Câmara para que não sejam criadas "dificuldades de longo prazo"

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: em outras ocasiões, o ministro já havia pedido para que o Congresso não criasse novas despesas (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: em outras ocasiões, o ministro já havia pedido para que o Congresso não criasse novas despesas (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 17h22.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez um apelo à Câmara dos Deputados para que não sejam criadas "dificuldades de longo prazo".

Levy participou nesta quarta-feira, 29, de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Casa.

Em outras ocasiões, o ministro já havia pedido para que o Congresso Nacional não criasse novas despesas para a União. "Eu acredito que temos que ter muito cuidado nas decisões. Não adianta aprovar um ajuste com elementos de curto prazo se amanhã for abrir coisas que criem dificuldades de longo prazo", completou.

Levy acrescentou que a estratégia da equipe econômica é ter sustentabilidade fiscal e da previdência também no longo prazo.

"Uma lição do Brasil nos últimos anos é que, em geral, a gente constrói em cima do que foi feito antes, não desmantela algo que funciona", afirmou. "É muito importante termos em mente estabilidade e segurança no médio prazo", completou.

Ele disse que o Brasil tem a possibilidade de superar o ajuste fiscal com inflação mais baixa. Afirmou ainda não saber qual será a inflação entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, nem quando os preços irão baixar.

"Temos possibilidade de superar esse ajuste com inflação mais baixa, especialmente em 2016, quando os efeitos do realinhamento de preços não estiverem mais presentes", disse.

O ministro disse ainda que, se o ajuste for concluído, o PIB reagirá positivamente no fim do ano. "Os indicadores de confiança se estabilizaram, subiram ligeiramente. É o primeiro brotinho que vemos nascer", completou.

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