Economia

Leilão de energia ajuda a baixar expectativas de inflação em 2005

Para a Standard ; Poor;s, leilão também ajudou a melhorar a percepção do ambiente regulatório brasileiro. Mas preços não servem como parâmetro para a comercialização de energia nova

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h48.

A leve queda nas expectativas para a inflação em 2005 pode ser explicada em parte pelo resultado do megaleilão de energia. Segundo o boletim de análise econômica do banco Bradesco, o leilão realizado em 7 de dezembro possibilitou que as distribuidoras fizessem a compra de energia a um preço mais baixo do que se esperava, o que pode permitir que os reajustes das tarifas em 2005 sejam um pouco inferiores ao originalmente previsto. A equipe do Bradesco reduz sua projeção de encarecimento da energia elétrica em 1,55%, o que resultaria em queda do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no próximo ano de 5,85% para 5,78%.

Os economistas do Bradesco fazem algumas ressalvas, porém. A revisão da inflação por causa dos preços de energia não pode ser "muito aguda" por três razões: o repasse da alíquota do PIS/Cofins será feito em 2005 e pode anular boa parte dos benefícios do megaleilão; há perspectiva de elevação dos custos de transmissão; e nem todas as distribuidoras serão beneficiadas por preços baixos.

Além da batalha pelo controle da inflação, há outras conseqüências imediatas do megaleilão de energia. Segundo a Standard & Poor's (S&P), agência de classificação de risco de crédito, o evento ajudou a melhorar a percepção do ambiente regulatório brasileiro nesse setor. "O leilão transcorreu sem nenhum incidente operacional, dentro de um processo transparente e com um bom nível de informação para o mercado", diz relatório de análise da agência. Sobre os preços baixos, a S&P afirma que não se surpreendeu. Diz que os valores eram esperados em razão do excesso de energia existente no segmento de geração.

A agência também afirma que o patamar de preços resultante desse leilão não serve como referência para a energia nova, que será leiloada no primeiro semestre de 2005. "A urgência de se atrair investimentos privados em nova capacidade de energia, com o objetivo de dar sustentação ao crescimento econômico, provavelmente levará os preços indicativos da energia nova a convergir com os interesses dos investidores privados", diz o relatório.

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