Usina hidrelétrica: barreiras ambientais não foram vencidas até agora e a indicação é que o certame ficará para 2016, diz EPE (Santo Antonio/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2015 às 17h53.
Rio de Janeiro - O leilão da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, não vai mais acontecer em 2015 como pretendia o governo, por problemas de licenciamento, e deverá ficar para o ano que vem, de acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim.
Segundo ele, barreiras ambientais não foram vencidas até agora e a indicação é que o certame ficará para 2016.
"Tem um problema indígena que está dificultando o licenciamento. Temos que aguardar para ver se resolve, mas, como o tempo passou, ele (o leilão) caminha mais ano que vem", disse Tolmasquim a jornalistas nesta terça-feira, durante o Gas Summit, evento no Rio de Janeiro.
A usina é considerada estratégica para a ampliação da oferta de energia no país nos próximos anos, segundo o governo. No entanto, há anos o governo tenta viabilizar a usina, que chegou até a ser incluída no calendários de leilões, mas teve se ser retirada.
Tolmasquim ressaltou que a palavra final sobre a realização do leilão caberá aos órgãos ambientais envolvidos no licenciamento.
"Tenho esperança que aconteça, mas como a palavra final é ambiental, esse risco (de não ocorrer) tem, mas para o suprimento é importante", frisou ele.
Com potência estimada em 6.133 megawatts (MW), a usina é a maior entre as planejadas para serem construídas no Complexo Tapajós. A outra usina que está sendo estudada para o complexo, a de Jatobá, terá capacidade para 2.338 MW.
A usina estaria prevista para entrar em operação em 2020.
Entre as empresas interessadas em construir a hidrelétrica de Tapajós estão Cemig, Copel, Camargo Corrêa, Endesa Brasil, Neoenergia, Eletronorte e Engie (ex-GDF Suez).