LCA e Gradual revisam projeção para o PIB

São Paulo - A Gradual Investimentos e a LCA Consultores elevaram nesta segunda-feira (14) as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. A revisão foi influenciada pelos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, mostrando um crescimento chinês no primeiro trimestre.

A corretora Gradual Investimentos elevou de 6,5% para 7,2% a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2010 (foi a terceira revisão em 45 dias, conforme quadro abaixo). "Levando em conta apenas o carry over para este ano, que seria o crescimento do país caso não haja crescimento algum ao longo dos próximos trimestres, teríamos uma expansão de 6% no acumulado de 2010", diz o economista André Perfeito, em relatório divulgado para clientes.

A projeção anterior, de 6,5%, levava em consideração eventuais efeitos adversos que a crise europeia teria na balança comercial brasileira. "Mas este não foi o cenário verificado até agora em 2010. Após certo déficit comercial em janeiro, o Brasil vem acumulando superávits crescentes ao longo do ano e acumula até agora US$ 5,6 bilhões", diz Perfeito.

"Este movimento de alto no PIB, associado à relativa estabilidade monetária e fiscal, pode render ao país mais um grau de investimento em breve", prevê o economista da Gradual Investimentos.

A consultoria LCA elevou de 6,2% para 6,6% a projeção de alta do PIB em 2010 (foi a segunda revisão em 45 dias, conforme quadro abaixo). "Não obstante, avaliamos que o crescimento marginal do PIB será bem mais baixo no segundo trimestre, como sinalizam a produção industrial de abril (que recuou 0,7% sobre março), os licenciamentos de automóveis e de comerciais leves (que caíram em abril e em maio, e no início de junho têm mostrado leituras mais fracas do que no mês anterior) e a média diária das importações de bens (que em maio caíram pela primeira vez desde junho de 2009)", diz relatório da consultoria divulgado nesta segunda-feira (14).

"Após a incorporação dos resultados do 1º trimestre, estimamos que o hiato do produto continuou se estreitando e atingiu  o  terreno  positivo,  mas  ainda  está  longe  dos  níveis  da primeira metade de 2008. Assim, revisamos nossa projeção de crescimento do PIB deste ano de 6,2% para 6,6%."