Economia

Latinas são as mais mal pagas dos EUA, aponta estudo

As latinas são as que ganham menos nos Estados Unidos, revela um estudo

Mulheres durante trabalho: ao analisar todos os tipos de ocupação, o estudo determinou que as mulheres hispânicas têm a menor média de ganhos (Miguel Alvarez/AFP)

Mulheres durante trabalho: ao analisar todos os tipos de ocupação, o estudo determinou que as mulheres hispânicas têm a menor média de ganhos (Miguel Alvarez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 09h20.

Washington - As latinas são as que ganham menos nos Estados Unidos, revela um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Institute for Women's Policy Research (Instituto de Pesquisa de Políticas para a Mulher), às vésperas de um discurso do presidente Barack Obama contra a discriminação salarial.

Ao analisar todos os tipos de ocupação, o estudo "A brecha salarial por gênero" determinou que "as mulheres hispânicas têm a menor média de ganhos, com US$ 541 por semana".

Comparativamente, as afrodescendentes ganham US$ 606 semanais; as brancas, US$ 722; e as asiáticas, US$ 809, como mostra o documento de sete páginas.

A pesquisa, que compara os salários de homens e mulheres de diferentes raças, ou etnias, em diferentes trabalhos, também destaca que as mulheres ganham salários mais baixos do que os homens em todas as categorias raciais.

Segundo números do governo, as latinas ganham 56 centavos por cada dólar de um trabalhador branco.

O relatório acrescenta que os trabalhos realizados por mulheres - como enfermeiras, caixas, ou arrumadeiras - "geram renda no nível do, ou marginalmente acima, piso federal de pobreza", mesmo se for em tempo integral.


"Esses salários de pobreza são particularmente comuns para mulheres latinas", destaca o informe.

A situação é especialmente mais cruel para as latinas que trabalharam no setor manufatureiro, de transportes, ou de mudança, e que têm de sobreviver com um salário semanal de US$ 410.

A pesquisa do Institute for Women's Policy Research, com sede em Washington, foi publicado dois dias antes de Obama anunciar duas medidas executivas contra a discriminação salarial.

Obama ordenará às empresas que prestam serviço ao governo que não adotem represálias contra os trabalhadores que decidirem negociar indenizações por terem sido discriminados no salário, informou a Casa Branca nesta segunda-feira.

Em pronunciamento nesta quarta, Obama instruirá o Departamento do Trabalho a solicitar a essas companhias mais informação - incluindo sexo e raça - sobre os casos de indenizações pendentes para aplicar melhor as leis de pagamento justo.

Essas medidas são limitadas, motivo pelo qual Obama pediu ao Congresso que aprove uma lei de pagamento justo. O Senado, dominado pelos democratas, avaliará o tema esta semana.

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