Economia

Lagarde qualifica de "muito valentes" as medidas da Espanha

A diretora do FMI afirmou ainda que, apesar dos esforços, a recuperação da zona do euro levará "muito tempo"


	Lagarde: "é um processo pelo qual os países têm que passar para recuperar sua situação e poder voltar a crescer e criar postos de trabalho", disse sobre a austeridade
 (©AFP / Timothy A. Clary)

Lagarde: "é um processo pelo qual os países têm que passar para recuperar sua situação e poder voltar a crescer e criar postos de trabalho", disse sobre a austeridade (©AFP / Timothy A. Clary)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 23h50.

Washington - A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou nesta terça-feira que o governo espanhol está tomando "medidas muito, muito valentes" para enfrentar a crise econômica que castiga o país e reduzir o déficit.

A avaliação foi feita em entrevista concedida à cadeia "CBS" na qual Lagarde afirmou ainda que, apesar dos esforços, a recuperação da zona do euro levará "muito tempo".

"O governo espanhol está tomando medidas muito, muito valentes. Nos fixamos na reestruturação bancária, nas reformas estruturais para fazer a economia espanhola mais ágil, flexível, capaz de alcançar o crescimento, para ajudar as pessoas a criarem postos de trabalho", explicou.

Segundo a diretora-gerente do FMI, o executivo de Mariano Rajoy "está tomando algumas medidas fiscais para reduzir o déficit que são duras, mas valentes", pelo que devem ser apoiadas.

"Sinto-me muito, muito mal pelas pessoas, porque sei quão difícil é. E sei quão difícil é para as pessoas que perdem seus empregos, para as famílias que têm dificuldade para chegar ao fim do mês, mas também sei que é necessário", acrescentou.

"É um processo pelo qual os países têm que passar para recuperar sua situação e poder voltar a crescer e criar postos de trabalho de novo", insistiu.

O Governo espanhol e os presidentes das Comunidades Autônomas se comprometeram nesta terça-feira a cumprir os objetivos para reduzir o déficit em uma cúpula realizada em Madri, após a qual Rajoy negou que a Espanha vá pedir de forma iminente o resgate a seus sócios europeus.

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