Economia

Lagarde diz que FMI pode cooperar com BRICS

Segundo diretora-gerente, FMI terá satisfação em trabalhar com o bloco no projeto do fundo de reservas


	A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde
 (Brendan Smialowski/AFP)

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde (Brendan Smialowski/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 22h11.

Brasília - O corpo técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI) terá satisfação em trabalhar com os países que integram o grupo dos BRICS no projeto do fundo de reservas, disse a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, em mensagem enviada à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira.

"O corpo técnico do FMI teria prazer em trabalhar com a equipe Brics dedicada a este projeto (do fundo de reservas)", afirmou a diretora-gerente.

Lagarde afirmou que essa colaboração reforçará a cooperação entre a instituição e os países e ajudará a preservar a estabilidade financeira internacional.

Na terça-feira, líderes dos países que integram os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciaram a criação de um banco de desenvolvimento com capital inicial autorizado de 100 bilhões de dólares e de um fundo de reserva cambial, na primeira ação concreta para remodelar o sistema financeiro internacional dominado pelo Ocidente.

Na mensagem, a diretora-gerente do FMI cumprimentou Dilma pelo Brasil ter sediado o encontro dos países emergentes, dizendo que a instituição possui vínculos sólidos com os países que compõem o grupo.

"Gostaria de parabenizá-la por organizar uma reunião bem-sucedida dos líderes dos Brics em Fortaleza, Brasil, e, especialmente, pela criação do fundo de reserva."

O banco dos Brics foi instituído para financiar projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento. A instituição será sediada em Xangai, na China, e a Índia presidirá suas operações nos primeiros cinco anos, seguida por Brasil e então Rússia.

Os países que compõem o grupo também definiram um fundo de reservas de 100 bilhões de dólares para ajudá-los a lidar com eventuais pressões de liquidez de curto prazo.

Acompanhe tudo sobre:BancosBricsChristine LagardeEconomistasFinançasFMI

Mais de Economia

Alckmin: reforma tributária vai ampliar investimentos e exportações

Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 4 bi em junho, mostra Banco Central

Arrecadação federal cresce 11,02% em junho e chega a R$ 208,8 bilhões

Plano Real, 30 anos: Carlos Vieira e o efeito desigual da hiperinflação no povo

Mais na Exame