Economia

Kuczynski ressalta problemas de crescimento na América Latina

Durante encontro, o presidente do Peru declarou que "hoje a América Latina cresce devagarinho porque não tem nenhum motor"

Kuczynski: ele ainda se referiu à Venezuela como um país "no qual não se sabe bem para onde vai" (Mariana Bazo/Reuters)

Kuczynski: ele ainda se referiu à Venezuela como um país "no qual não se sabe bem para onde vai" (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 18h23.

Buenos Aires - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou nesta sexta-feira no XVIII Fórum Ibero-América em Buenos Aires que a América Latina enfrenta "várias crises neste momento" porque "não cresce", porque "houve corrupção" e por não encontrar uma solução "para o assunto Venezuela".

Diante de uma cúpula formada por ex-presidentes latino-americanos e outros políticos, Kuczynski declarou que "hoje a América Latina cresce devagarinho porque não tem nenhum motor" e lembrou que, "depois da Primeira Guerra Mundial", esse papel era exercido pela Argentina e depois pelo Brasil.

Kuczynski sustentou portanto que é necessário realizar reformas nos países que os permita crescer através do avanço da infraestrutura, de um bom sistema tributário e da educação.

O líder peruano também mencionou a corrupção e indicou que "a crise que está ocorrendo agora é boa porque foram reveladas várias coisas".

Desta maneira, o presidente convidou os presentes a elaborarem na próxima Cúpula das Américas, em Lima, um sistema que garanta a honestidade e o devido processo jurídico.

Kuczynski ainda se referiu à Venezuela como um país "no qual não se sabe bem para onde vai" e expressou que "é preciso evitar que se aprofunde a crise nesse país, caso contrário irá explodir e gerar mais miséria".

O presidente argentino, Mauricio Macri - com quem Kuczynski se reuniu hoje - inaugurou na quinta-feira o XVIII Fórum Ibero-América, que conta com a presença do ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso e de outros antigos mandatários, como Julio María Sanguinetti, do Uruguai, e Ricardo Lagos, do Chile, além do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

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