Economia

Juros para pessoa física diminuem em setembro, diz Anefac

Valor cobrado caiu para 6,69%, o menor valor desde que a pesquisa começou a ser feita

Os juros do cartão de crédito foram os únicos que não caíram  (Getty Images)

Os juros do cartão de crédito foram os únicos que não caíram (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 17h46.

São Paulo - A taxa média de juros cobrada das pessoas físicas em operações de crédito apresentou recuo no mês de setembro, passando de 6,75%, em agosto, para 6,69%. Segundo a pesquisa de juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), esta foi a menor taxa da série histórica, que começou em 1995.

Das seis linhas de crédito analisadas disponíveis para pessoas físicas, cinco apresentaram diminuição: juros do comércio, cheque especial, crédito direto ao consumidor (CDC), empréstimo pessoal de bancos e empréstimo pessoal de financeiras. Apenas o cartão de crédito rotativo manteve-se estável.

Já a taxa média de juros que é oferecida para as empresas passou de 3,99%, em agosto, para 3,97%, em setembro, a menor desde junho deste ano. Das três linhas de crédito pesquisadas, duas apresentaram redução: capital de giro e desconto de duplicatas. Já a conta garantida apresentou elevação.

Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, economista e coordenador de estudos da entidade, as reduções podem ser atribuídas ao bom momento pelo qual passa a economia, à maior oferta de crédito, à maior competição no sistema financeiro e à queda da taxa básica de juros (Selic).

A perspectiva da Anefac para os próximos meses é de que as taxas de juros voltem a cair devido à previsão de nova redução da Selic.

As recomendações da Anefac para as pessoas que pretendem consumir por meio de operações de crédito, é pesquisar antes as taxas de juros e demais acréscimos que são cobrados pelas diferentes instituições financeiras, evitar comprometer demais o orçamento com dívidas, não fazer empréstimos de longo prazo que embutem custos maiores e fugir do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial que apresentam as maiores taxas de juros.

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