Economia

Juros futuros sobem na abertura e mercado acompanhará Levy

Na pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda, as projeções para o IPCA este ano voltaram a subir, passando de 8,13% para 8,23%


	Joaquim Levy: Levy tem uma agenda concorrida hoje em NY, após participar nos últimos dias da reunião de primavera do FMI
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Joaquim Levy: Levy tem uma agenda concorrida hoje em NY, após participar nos últimos dias da reunião de primavera do FMI (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 09h54.

São Paulo - As taxas de juros futuros abriram em alta nesta segunda-feira, 20, mas o mercado de renda fixa brasileiro deve ficar de olho nas declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante uma série de eventos com investidores em Nova York. O feriado de Tiradentes, nesta terça-feira, 21, pode reduzir os volume de negócios. No exterior, o corte de compulsório na China é o grande destaque.

Às 9h20, a taxa do DI para janeiro de 2016 estava em 13,49%, de 13,43% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 apontava 13,26%, de 13,17%. E o DI para janeiro de 2021 indicava 12,59%, de 12,60%. O dólar à vista no balcão subia 0,23%, a R$ 3,0510.

"Como os mercados lá fora estão funcionando e o Levy deve falar hoje, o giro não deve ser tão pequeno. Mas é difícil alguém montar uma posição grande numa véspera de feriado como hoje", comenta Klauss Nery, trader da Quantitas Asset. Ele aponta que, no fechamento de sexta-feira, a estrutura a termo da curva de juros precificava um aumento de 40 pontos-base para a próxima reunião do Copom, nos dias 28 e 29 deste mês.

Levy tem uma agenda concorrida hoje em Nova York, após participar nos últimos dias da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI). O dia do ministro começa com um café da manhã com investidores, às 9h. Depois, às 12h55, ele participa do "Bloomberg Americas Monetary Summit". Às 13h30, tem almoço no Federal Reserve Bank. E à tarde (16h e 18h) mais dois encontros com investidores.

Apesar das persistentes preocupações com a economia do Brasil no cenário internacional, as medidas de ajuste adotadas recentemente trazem a visão de que os problemas estão sendo enfrentados e começam a acalmar a comunidade financeira no exterior. Essa é a percepção captada durante a reunião de Primavera do FMI, encerrada ontem em Washington.

A receptividade melhora, sobretudo, em razão da presença de Levy, cortejado por investidores e participantes do encontro. O próprio FMI fez declarações de apoio à política econômica brasileira, embora aponte para os diversos desafios enfrentados atualmente.

Na pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda, as projeções para o IPCA este ano voltaram a subir, passando de 8,13% para 8,23%. Em relação a 2016, as previsões se mantiveram em 5,60%. No caso do PIB, os entrevistados cortaram de -1,01% para -1,03% as estimativas para 2015, enquanto para o próximo ano foi mantida a expectativa de crescimento de 1,0%. A projeção para a Selic no fim deste ano permaneceu em 13,25%, enquanto as estimativas para o câmbio caíram de R$ 3,25 para R$ 3,21.

No exterior, o grande destaque é a China. O banco central chinês anunciou neste domingo corte de um ponto porcentual no depósito compulsório das instituições financeiras comerciais, uma tentativa de estimular o crédito enquanto a economia demonstra desaceleração. O corte passa a valer nesta segunda-feira e é o segundo neste ano.

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