Economia

Juros do cartão de crédito atingem maior nível em 15 anos

Para o cheque especial, as taxas subiram 4,21% em dezembro, passando para 8,92% ao mês e 178,8% ao ano


	Cartões de crédito: taxas fecharam em 258,26% ao ano (11,22% ao mês), o que representa aumento de 2,94% em relação a novembro de 2014
 (Divulgação)

Cartões de crédito: taxas fecharam em 258,26% ao ano (11,22% ao mês), o que representa aumento de 2,94% em relação a novembro de 2014 (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 13h20.

São Paulo - Os juros do cartão de crédito atingiram em dezembro o maior patamar desde julho de 1999. Segundo balanço divulgado hoje (12) pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), as taxas fecharam em 258,26% ao ano (11,22% ao mês), o que representa aumento de 2,94% em relação a novembro de 2014.

Em julho de 1999, os juros para a modalidade de crédito eram 278,88% ao ano.

Para o cheque especial, as taxas subiram 4,21% em dezembro, passando para 8,92% ao mês e 178,8% ao ano. A taxa é a maior desde setembro de 2003, quando os juros para essa forma de crédito atingiram 9,03% ao mês e 182,2% ao ano.

A média geral dos juros para pessoa física teve elevação de 0,16 ponto percentual em dezembro. Para pessoa jurídica, as taxas subiram 0,05 ponto percentual.

Com o aumento, a taxa média para pessoas físicas ficou em 6,30% ao mês (108,16%) ao ano, maior índice desde março de 2012. Para pessoas jurídicas, a taxa média está em 3,54% ao mês, 51,81% ao ano.

A Anefac atribui os reajustes ao aumento da taxa básica de juros que, em dezembro, foi elevada para 11,75% ao ano. Conforme a entidade, as elevações dos juros também estão ligadas ao cenário econômico nacional, com altas inflacionárias e redução da renda familiar.

Acompanhe tudo sobre:Cartões de créditoJurossetor-de-cartoes

Mais de Economia

IPCA-15 de novembro sobe 0,62%; inflação acumulada de 12 meses acelera para 4,77%

Governo corta verbas para cultura via Lei Aldir Blanc e reduz bloqueio de despesas no Orçamento 2024

Governo reduz novamente previsão de economia de pente-fino no INSS em 2024

Lula encomenda ao BNDES plano para reestruturação de estatais com foco em deficitárias