Juros de curto e médio prazos fecham em alta com ata do Copom
Documento confirmou a expectativa trazida pelo comunicado, em torno de mais um corte da Selic em 0,25 ponto porcentual na reunião de maio
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de março de 2018 às 17h38.
São Paulo - Os juros futuros fecharam a sessão regular desta terça-feira 27, em alta nos contratos de curto e médio prazos e perto dos ajustes anteriores nos vencimentos longos, refletindo a mensagem da ata do Comitê de Política Monetária ( Copom ).
O documento confirmou a expectativa trazida pelo comunicado, em torno de mais um corte da Selic em 0,25 ponto porcentual na reunião de maio, mas reduziu as apostas de que o ciclo de queda pudesse continuar em junho e levar a taxa para 6%. Os contratos de longo prazo refletiram, ainda, a alta do dólar, que chegou à casa dos R$ 3,33.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,240%, de 6,214% no ajuste de ontem, e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 7,04% para 7,07%.
O DI para janeiro de 2021 encerrou com taxa de 7,97%, de 7,95% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2023 terminou em 8,97%, de 8,96% no ajuste anterior.
A ata repetiu o comunicado, ao dizer que o Copom vê como apropriado - neste momento - um corte adicional na taxa básica, como forma de mitigar o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas.
O documento informa que houve consenso no Copom de que a evolução da conjuntura, do cenário básico e do balanço de riscos tornou clara a necessidade de um ajuste da política monetária em relação ao movimento que havia sido sinalizado como mais provável na reunião anterior, que era de encerramento do ciclo de cortes.
O BC informou ainda que essa visão para a próxima reunião poderá se alterar e levar à interrupção do processo de flexibilização monetária, no caso de essa mitigação de riscos se mostrar desnecessária.
Para junho, a ata justifica que o horizonte relevante para a política monetária já estará majoritariamente concentrado no ano de 2019. "Tendo em vista o cenário básico do Copom, o balanço de riscos e as defasagens e incertezas associadas ao processo de transmissão da política monetária, o Comitê concluiu que, àquela altura, deverá se mostrar apropriado interromper o processo de flexibilização monetária", enfatiza o documento.