Economia

Juros de curtíssimo prazo começam 2015 em alta

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira, 2, o contrato de DI para abril de 2015 estava em 12,26%, ante 12,23% no ajuste anterior


	Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira, 2, o contrato de DI para abril de 2015 estava em 12,26%, ante 12,23% no ajuste anterior
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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira, 2, o contrato de DI para abril de 2015 estava em 12,26%, ante 12,23% no ajuste anterior (FreeImage)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 16h58.

São Paulo - Os juros futuros de curtíssimo prazo começaram 2015 em alta, acompanhando o movimento do dólar ante o real. Os vencimentos intermediários e longos também subiram em grande parte da sessão, mas na reta final houve desmontagem de posições e, em meio a um giro bastante fraco de negócios e com o recuo dos yields dos Treasuries, as taxas terminaram perto das mínimas.

Os agentes até monitoraram as declarações do novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, mas estão à espera mesmo é pela transmissão de cargo a Joaquim Levy, na Fazenda, que ocorrerá na segunda-feira, às 15 horas, e será acompanhada de uma entrevista coletiva.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira, 2, o contrato de DI para abril de 2015 (7.875 contratos) estava em 12,26%, ante 12,23% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2016 (111.330 contratos) apontava mínima de 12,91%, de 12,96% na terça-feira. O DI para janeiro de 2017 (47.700 contratos) mostrava 12,89%, de 12,90% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (12.625 contratos) indicava mínima de 12,25%, de 12,30% na terça-feira.

O dólar subiu ante a maioria das demais divisas nesta sexta-feira, diante de dados negativos da China e da zona do euro, além de um novo dia de queda das cotações do petróleo. Em relação ao real, o movimento reflete, ainda que em menor grau, a redução da oferta diária de swaps pelo Banco Central, de US$ 200 milhões por dia para US$ 100 milhões por dia. Anunciado na terça-feira, o programa se estenderá até 31 de março. Assim, o dólar à vista no balcão teve valorização de 1,39%, a R$ 2,6920.

Hoje, na cerimônia de transmissão de cargo no Planejamento, Barbosa reforçou a ideia de ajustes. Ele afirmou que a política fiscal cumpriu seu papel no enfrentamento da crise internacional, mas atingiu o seu limite. "Agora, iniciamos uma nova fase de nosso desenvolvimento. Uma fase na qual é necessário recuperar o crescimento da economia, com elevação gradual do resultado primário e redução da inflação", disse.

Mas a expectativa dos agentes se dá mesmo sobre o que Levy dirá ou anunciará na sua posse, na segunda-feira. À tarde, contudo, o ministro afirmou que não há intenção de anunciar medidas na ocasião. Levy frisou, porém, que a valorização do trabalho "é o objetivo de tudo que vamos fazer".

Enquanto isso, o único dado doméstico conhecido hoje, o PMI Industrial, não chegou a fazer preço. O índice de atividade dos gerentes de compras industrial, medido por HSBC e Markit, voltou ao terreno da expansão (acima de 50) pela primeira vez desde agosto de 2014, ao subir para 50,2 em dezembro, de 48,7 em novembro.

No exterior, três indicadores dos EUA vieram abaixo do previsto e promoveram uma rodada de aversão ao risco. O PMI do setor industrial caiu para 53,9 em dezembro, de 54,8 em novembro, segundo pesquisa divulgada pela Markit. O índice de atividade do setor de manufatura dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu para 55,5 em dezembro, de 58,7 em novembro - a retração foi maior que a prevista por analistas, a 57,4. E os investimentos em construção nos EUA caíram 0,3% entre novembro e outubro, abaixo da alta de 0,4% esperada por analistas. Assim, o yield do T-note de 10 anos cedia a 2,116% às 16h35, de 2,173% no fim da tarde de quarta-feira.

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